Mudar o nome da Anhembi Turismo e Eventos para um que remeta diretamente ao destino; buscar uma identidade definida para a capital paulista com histórias singulares e diferenciais; convencer o trade turístico e outros segmentos que se favorecem diretamente da atividade de que vender São Paulo é um bom negócio; estimular a criação de produtos turísticos para a cidade. Estes são apenas alguns dos desafios a serem vencidos pelo presidente da Anhembi Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo, Caio Luiz de Carvalho, que completou três meses à frente do órgão oficial.
Ele participou, nesta quarta-feira (30 de março), a convite do presidente do Sindicato das Empresas de Turismo no Estado de São Paulo, Eduardo Vampré do Nascimento, do primeiro Almoço Sindetur-SP do ano, como palestrante. O evento reuniu cerca de 100 empresários e líderes do setor, no Terraço Itália, no centro da cidade. “O desafio de fazer de São Paulo um grande destino não é somente do Caio Carvalho. É de todos nós”, disse Nascimento, ao explicar o convite ao executivo.
Ex-presidente da Embratur e ministro do Esporte e Turismo no governo FHC, Carvalho ressaltou a necessidade de mudar o nome do órgão. “É difícil vender São Paulo se apresentando como Anhembi”, disse. A nova denominação, segundo ele, deverá ser algo simples e direto, como São Paulo Turismo, por exemplo, e deverá estar definida até a próxima semana. “Em seguida, vamos apresentar a nova marca da cidade”.
Caio Carvalho convocou os empresários para desenvolverem produtos para a capital e investirem no turismo receptivo. “Nós, paulistanos, não temos sido criativos ao pensar nossa atividade. Precisamos acreditar que este é um bom negócio”, garantiu, lembrando a importância de recuperação da auto-estima do paulistano. Para isso, anunciou uma campanha que deverá estar no ar entre maio e junho. “São Paulo é uma poderosa moeda de troca. Vi isso durante o carnaval, quando precisei, em 30 dias, botar o espetáculo na rua sem verba”, contou. “E com apoio da iniciativa privada, o evento foi viabilizado”.
Para ele, é preciso que o turista, mais do que visitar São Paulo, sinta a cidade. “Nosso sol e praia são a cultura e o turismo de negócios. Precisamos de inteligência comercial para agregar valor a isso”. Carvalho usou ainda o conceito de cluster (agrupamento de empresas de diferentes ramos em torno de um mesmo negócio) para destacar a necessidade de envolver profissionais, que não são de turismo diretamente, na tarefa. “Casas de shows, restaurantes, teatros, postos de gasolina, muitas vezes, não entendem a importância do turismo. Eles não são como os hotéis e, em geral, conseguem encher suas casas com os próprios paulistanos. Precisamos mostrar que os resultados podem ser ainda melhores”.
O executivo ressaltou também a necessidade de criar roteiros rápidos de fim de semana para quem vive na Grande São Paulo e em seus arredores. “Temos de mostrar as vantagens de se hospedar e viver uma grande experiência aqui”, concluiu.
FONTE: Aviação Brasil / Sindetur – Anhembi Turismo – Assessoria de Imprensa – São Paulo/SP