A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, comentou nesta quinta-feira que considerou satisfatório o desfecho do leilão da Varig. “Dadas as circunstâncias de perdas da empresa nos últimos tempos, era um ponto importante para o governo que a Varig pudesse não ter a falência clássica em que todos sairiam perdendo, trabalhadores e consumidores”, afirmou.

Ela destacou que o governo se recusou a ajudar a Varig financeiramente por acreditar que a situação da empresa “chegou onde chegou por causa de governança anterior”. “Não poderíamos dar um novo financiamento à Fundação Ruben Berta porque a situação estava além da Fundação”, disse.

A ministra destacou também que a ajuda do governo – não só para a Varig, mas para todo o setor de aviação civil – veio sob a forma da nova lei de recuperação de empresas. “Pudemos perceber que a nova lei também pode resgatar os ativos de empresas em dificuldade para manter empregos e os demais interesses que a ela estiverem ligados”, comentou.

Para Dilma com a crise da Varig também foi testada a eficiência da Agência Nacional da Aviação Civil (Anac), criada apenas três meses antes da companhia aérea começar a apresentar maiores dificuldades. “A Anac se mostrou um ponto de equilíbrio dentro dessa situação”, comentou.

A ministra também comentou a possível demissão de funcionários da Varig a ser anunciada na próxima semana: “acredito que serão demissões temporárias, porque todos os funcionários são altamente qualificados e poderão tanto ser recontratados pela Varig numa eventual expansão, quanto serem absorvidos por outras companhias aéreas, já que o setor está crescendo em torno de 15% ao ano”, complementou.

FONTE: Agência Estado – Kelly Lima – São Paulo/SP

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here