O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) protocolou um conjunto de 20 denúncias contra a BRA no Ministério do Trabalho. Além de problemas com o rendimento dos aeronautas, o presidente da companhia, Humberto Folegatti, é acusado de ter um “comportamento inadequado” durante os vôos, por fumar na cabine do piloto e comer a refeição destinada exclusivamente à tripulação.
Fumar a bordo é proibido e por razão de segurança, pilotos e comissários não podem comer o mesmo que os passageiros.
Segundo o documento protocolado na semana passada, o empresário costuma dizer que “já pagou a diária de alimentação para o tripulante, referente à refeição, e, portanto, pode comê-la”. Mas uma convenção do setor estabelece que “a empresa é obrigada a pagar a diária de alimentação, independentemente do serviço de alimentação a bordo.”
A empresa é acusada também de diminuir em 30% o salário da categoria e não respeitar as folgas e o descanso dos tripulantes.
A BRA pagava os tripulantes por hora de vôo, depois mudou o sistema para quilometragem, o que provocou redução na remuneração. O adicional noturno também caiu, de 100% para 20% – o mínimo exigido pela legislação trabalhista.
“A empresa não pode alterar as regras sem fazer qualquer acordo com os funcionários”, afirmou o secretário do SNA, Marco Reina.
A BRA só vai se pronunciar sobre as denúncias após ser chamada pelo MP, informa o jornal O Estado de S.Paulo.
FONTE: Invertia – Redação – São Paulo/SP