A Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial da Vasp, e garantiu à empresa a proteção contra pedidos de falência movidos por credores num prazo de 180 dias. A empresa terá também 60 dias para apresentar um plano de reestruturação aos credores e, com o aval do Departamento de Aviação Civil (DAC), voltar a operar vôos comerciais no Brasil.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o juiz Alexandre Alvez Lazzarini, da 1ª Vara Especial de Falências e Recuperações de São Paulo, nomeou o advogado Aelxandre Tajra como administrador judicial da empresa, que enfrenta dificuldades financeiras e deixou de voar em janeiro. A Vasp, do empresário Wagner Canhedo, está sob intervenção judicial desde março, por conta de dívida trabalhista de R$ 80 milhões.
O pedido de recuperação judicial foi feito pela comissão interventora da Vasp, com apoio do Ministério Público do Trabalho – que representou os interesses dos funcionários da empresa. A decisão do juiz Lazzarini foi tomada após a conclusão de que a Vasp tem condições legais e técnicas de iniciar o processo de recuperação.
Segundo o juiz, a Vasp ganhou fôlego para seguir se reestruturando, sem interferência dos diversos pedidos de falência feitos contra a companhia aérea já em andamento.
Para voltar a voar, no entanto, a Vasp precisará também obter autorização das autoridades governamentais que controlam o tráfego aéreo e os aeroportos brasileiros. A concessão da empresa para fazer vôos regulares foi suspensa pelo DAC, e diversos hangares e guichês já foram ocupados por outras companhias.
As aeronaves que ainda permanecem sob controle da empresa também estão sem condições de vôo, segundo informações divulgadas hoje pela GloboNews. Outras já foram arrestadas por credores e não farão parte da nova fase da empresa, que, especula-se, voltará a voar nos modelos da Gol, de tarifas e custos baixos.
FONTE: Invertia – Redação – São Paulo/SP