Autoridades suíças disseram que descobriram, em 2002, que dois aviões da companhia egípcia Flash Airlines não apresentavam condições de segurança adequadas. É possível que um deles seja o aparelho que caiu no sábado no mar Vermelho.

Segundo funcionários da Flash, disseram que desde 2002 a empresa só tinha dois aviões em operação, embora autoridades suíças não tenham podido confirmar que o avião que caiu de fato havia sido um dos inspecionados naquele ano.

O avião, que ia para o Cairo e Paris, caiu após decolar do balneário egípcio de Sharm El-Sheikh, matando todas as 148 pessoas a bordo.

O Departamento Federal de Aviação Civil da Suíça disse que inspecionou um dos um dos aviões da companhia em abril de 2002 e descobriu que ele estava sem documentos de navegação, que as reservas de combustível não eram calculadas segundo os padrões internacionais e que a sinalização de emergência estava parcialmente “inutilizável”.

“Além disso, foram descobertas óbvias deficiências de manutenção no trem de pouso, nos motores e no leme da aeronave”, disse o departamento em uma nota.

As autoridades suíças afirmaram que a inspeção em um segundo avião da Flash, em outubro de 2002, revelou “essencialmente os mesmos defeitos”. Como a empresa não conseguiu comprovar que havia resolvido os problemas, a Flash foi proibida de operar na Suíça poucos dias depois.

O Departamento de Aviação Civil disse que, com essa informação, não estava tirando nenhuma conclusão sobre o acidente de sábado.

As autoridades egípcias defendem com afinco a segurança dos seus aviões, e o diretor da Flash disse à Reuters no sábado que a proibição da operação da empresa na Suíça se deveu a disputas financeiras entre a Flash e sua operadora naquele país europeu, e não a questões de segurança.

FONTE: Reuters – Fernando Valduga, Aviação Bras – Porto Alegre/RS

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