Os aeronautas aprovaram, nesta quinta-feira, 22 de dezembro, por maioria, em assembleias realizadas na sede no Rio, subsede em São Paulo e representações, a última proposta apresentada pelo Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA).

Com a aprovação, a greve prevista para iniciar às 23 horas foi cancelada. O acordo foi assinado ainda na quinta-feira, após a decisão democrática dos trabalhadores, na sede do sindicato patronal, no Rio de Janeiro.

A liminar concedida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), considerada exagerada e opressiva, limitando a 20% o efetivo de trabalhadores que poderiam participar da greve e impondo multa de R$ 100.000,00 por dia aos sindicatos, contribuiu para a decisão dos aeronautas em aceitar o acordo.

A assinatura garante um aumento de 6,5% sobre os salários, com ganho real de 0,33% sobre a inflação. O reajuste sobre os pisos salariais, auxílio-alimentação e cesta básica é de 10%.

Os sindicatos de aeroviários cutistas também levaram a proposta para apreciação da categoria e as bases do Sindicato Nacional dos Aeroviários rejeitaram o acordo com o SNEA e estão mobilizadas para a greve. O SNA é solidário à luta dos companheiros aeroviários, ao lado da Fentac/CUT, e pede que os aeronautas em voo nos próximos dias solidarizem-se também com a decisão democrática tirada nas assembleias dos aeroviários.

Para a direção do SNA, o acordo aprovado pelos aeronautas, apesar do percentual pequeno de aumento real, traz uma melhoria importante para os trabalhadores com o índice de 10% sobre os pisos, beneficiando principamente os funcionários das empresas menores. A falta de sensibilidade das empresas, atrasando por quase dois meses a resposta à pauta dos trabalhadores, levando a discussão novamente para o período de festas, mais uma vez prejudicou os sindicatos nas negociações e os usuários do transporte aéreo.

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