Atualizamos os números operacionais do Aeroporto de Altamira, no Pará. Neste trabalho inédito apresentamos informações do histórico de passageiros embarcados e desembarcados no aeroporto de 2000 a 2020, a participação de mercado das empresas em operações domésticas nos últimos 5 anos, entre 2016 e 2020, e finalizando com os voos vigentes no aeroporto.
Vejam os números operacionais do aeroporto, atualizados pelo Portal Aviação Brasil
Participação de mercado dos últimos 5 anos, das empresas que operam em Altamira, voos domésticos de passageiros
Um pouco da história
Um hidroavião da extinta Panair do Brasil foi a primeira aeronave a pousar em Altamira, no Pará, e levava ao município o interventor do Estado, major Magalhães Barata. Este primeiro pouso no rio Xingu aconteceu logo após a Revolução de 1930.
Durante a Segunda Guerra, hidroaviões americanos pousavam no rio Xingu trazendo suprimentos para as operações de extração do látex que produziria a borracha natural para o exército aliado.
Em 1950 o primeiro aeroporto local nascia com piso de terra e uma linha aérea comercial estabelecida pela Panair do Brasil. O trajeto Belém-Manaus era feito em hidroavião bimotor, o Catalina PBY, com 16 lugares, que aterrissava no rio Xingu, em frente à cidade.
Na mesma época, em terreno doado pela prefeitura, teve início a construção da nova pista, sob a responsabilidade da COMARA – Comissão dos Aeroportos da Bacia Amazônica, organização militar do Comando da Aeronáutica.
Com o fim da Panair do Brasil, em 1964, passaram a operar neste aeroporto as empresas Cruzeiro do Sul e Paraense, com aeronaves DC-3.
A pista, depois de uma reforma, foi prolongada e asfaltada para atender à demanda causada pela construção da rodovia Transamazônica. Dessa forma, o pequeno aeroporto estava apto já nos anos 1970 a receber inclusive o avião presidencial, um Boeing 737.
Um dia após o aniversário da cidade, em 7 de novembro de 1979, Altamira inaugurou seu novo aeroporto, que contava com pista asfaltada e um moderno terminal de passageiros.
Em 17 de janeiro de 1980, a Infraero assumiu a administração do aeroporto de Altamira.
Em 1986 a Infraero fez uma reforma parcial na pista de pouso e decolagem no trecho central (faixa de 22 metros).
Município polo da região centro-sul do Pará, no Norte do país, Altamira tem seu aeroporto como porta de entrada e saída para a região da Transamazônica. Além de importante suporte à população local, o terminal atende um grande número de passageiros, que vem aumentando significativamente com a implantação da hidrelétrica de Belo Monte, construída na bacia do Rio Xingu, considerada a terceira maior usina do mundo.
O aeroporto tem capacidade para receber até 900 mil passageiros por ano. Em 2011 e 2012 a Infraero recuperou e fez um reforço estrutural de toda a área de movimento de aeronaves (pista de pouso e decolagem, pista de táxi e pátio de estacionamento de aeronaves) e instalou novo balizamento noturno da pista. Estas reformas adaptaram a pista para suportar aeronaves de grande porte com peso máximo de decolagem (PMD) de 70,3 toneladas como o Boeing 737-700, que tem capacidade para transportar 144 passageiros.
Em 2017, registrou o movimento de 111.068 usuários, uma média de 304 pessoas por dia. Até setembro deste ano, entre embarques e desembarques, mais de 71 mil viajantes já passaram por lá. Operam em Altamira as companhias aéreas Azul e MAP, com voos, de domingo a sexta, para Belém (PA), Santarém (PA), Itaituba (PA) e Manaus, capital do Amazonas (AM).
O superintendente do Aeroporto de Altamira, Igor Romeu Batista de Souza, destaca o papel de integração desempenhado pelo terminal. “Ao todo, nove cidades da região do Rio Xingu/Transamazônica são atendidas: Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu, que, juntas, somam quase 500 mil habitantes. Essas cidades não contam com aeroportos ou aeródromos aptos a receber voos regulares e utilizam-se do Aeroporto de Altamira para deslocamento aos grandes centros do nosso país”, disse Igor Romeu.
O aeroporto de Altamira recebeu em 2018 recuperação e manutenção em diversos pontos específicos no pavimento da pista de pouso e decolagem, além da revitalização da sinalização horizontal do pátio. Também foram realizadas pintura do Terminal de Passageiros, recuperação do pavimento frontal da Seção Contra Incêndio (SCI), e a substituição das luminárias do saguão para lâmpadas com a tecnologia Led.
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