Atualizamos os números operacionais do Aeroporto de Pampulha, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Neste trabalho inédito apresentamos informações do histórico de passageiros embarcados e desembarcados no aeroporto de 2000 a 2021, a participação de mercado das empresas em operações domésticas nos últimos 5 anos, entre 2016 e 2020, e finalizando com os voos vigentes no aeroporto.
Vejam os números operacionais do aeroporto, atualizados pelo Portal Aviação Brasil
Participação de mercado dos últimos 5 anos, das empresas que operam voos domésticos de passageiros
Um pouco da história
Em 2 de setembro de 1936, através da Lei n.º 76, o governo mineiro foi autorizado a conceder à Panair do Brasil o direito de explorar a linha aérea comercial entre Belo Horizonte e o Rio de Janeiro.
Em 23 de março de 1937 foi oficialmente inaugurada a linha comercial Rio-BH-Rio, com um avião bimotor Lockeed 10E Electra I, PP-PAS, com capacidade para dois tripulantes e seis passageiros.
O ano de 1939 foi o ano de expansão das chamadas Linhas Mineiras, onde em sucessivos lances foram implantados serviços aéreos com escala compulsória em Belo Horizonte, com as seguintes linhas: Rio de Janeiro – Belo Horizonte – Uberaba; Rio de Janeiro – Belo Horizonte – Poços de Caldas; Rio de Janeiro – Belo Horizonte – Poços de Caldas – São Paulo – Curitiba; e Rio de Janeiro – Belo Horizonte – Governador Valadares.
Em 1940 a Panair adotou o sistema de rotas circulares para as ligações Rio – BH – Poços de Caldas – São Paulo, com as aeronaves partindo o Rio de Janeiro em sentidos opostos.
Em 1954 houve a inauguração do prédio do terminal de passageiros do Aeroporto da Pampulha. Belo Horizonte se tornou um importante centro de distribuição de linhas aéreas, devido sua posição geográfica; Pampulha era ponto de parada para quem ia de São Paulo com destino a cidades do Norte e Nordeste do Brasil.
Em 1973 a administração do Aeroporto de Pampulha passou a ser de responsabilidade da estatal Infraero, criada em 1972. Ao longo daquela década o movimento do aeroporto cresceu com o desenvolvimento do transporte aéreo, tornando suas instalações insuficientes para suportar o atendimento de novas demandas, principalmente das modernas e grandes aeronaves intercontinentais.
Em dezembro de 1983 o Aeroporto da Pampulha registrou um movimento anual acima de 1.150.000 passageiros em aproximadamente 24.000 operações de pousos e decolagens de aeronaves, inclusive de Boeing 727-100/200 e Boeing 737-200.
Com a inauguração do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (Confins), em março de 1984, o novo aeroporto passou a receber 75% do movimento de aeronaves e 95% do movimento de passageiros, o aeroporto ficou quase que completamente ocioso.
Em 1986 foi criado o VDC – Voo direto ao Centro, que ligava os aeroportos centrais de Congonhas a Curitiba, Congonhas a Pampulha e Pampulha ao Santos Dumont, com aeronaves Fokker F-27 da TAM, Votec (após BR Central), Rio Sul e a Taba, com os Fairchild FH-227.
A volta dos jatos ocorreu em 1998 e trouxe novamente um grande número de movimento de aeronaves e passageiros para o aeródromo. Este movimento durou até 13 de março de 2005, quando o antigo Departamento de Aviação Civil (Atual ANAC) e a Infraero transferiram os voos para Confins, deixando apenas os voos regionais.
Mas nem estes sobreviveram!! A Passaredo e a TRIP eram as únicas a operar no aeroporto. Com a compra da TRIP pela AZUL, esta passou a utilizar-se do aeródromo até 4 de março de 2016, quando encerrou suas operações em Pampulha.
Em 2017 somente a Passaredo efetuou voos regulares no aeroporto e em 2018 a Gol operou voos para Goianá, de janeiro a julho, além da Passaredo para Ribeirão Preto.
Atualmente somente a TWO faz operações regulares no aeroporto, com aeronaves Cessna 208. Pampulha hoje não é nem sombra do que um dia já foi para Belo Horizonte.
A Estapar e a CCR Aeroportos firmaram em março de 2022 um acordo para a administração e operação dos estacionamentos de 11 aeroportos, concedidos em 2021, que contarão com aproximadamente 5,5 mil vagas.
Até 2028, os estacionamentos de outros importantes aeroportos operados pela CCR também serão administrados pela Estapar gradativamente e Pampulha está incluído.
Com informações da Infraero e Portal Aviação Brasil