Vejam os números operacionais do aeroporto, atualizados pelo Portal Aviação Brasil
Participação de mercado dos últimos 5 anos, das empresas que operam voos domésticos de passageiros
Um pouco da história
O Aeroporto Campo de Marte (SP), primeiro terminal aeroviário de São Paulo, completou no último dia 26 de julho, 98 anos de operações. Localizado na Zona Norte da capital paulista, próximo ao Terminal Rodoviário Tietê, à Estação Carandiru do Metrô e à Marginal do Tietê, via de acesso às rodovias estaduais e interestaduais, o aeroporto abriga a maior frota de helicópteros do Brasil, com média de 6.372 pousos e decolagens por mês. O Campo de Marte passou a operar como aeródromo a partir de 1920, com a instalação da Escola de Pilotos da Força Pública de São Paulo. A natureza plana das planícies aluviais, aliada a grande quantidade de terrenos baldios, extensos e baratos influenciou decisivamente para a escolha desse local para a implantação do primeiro Campo de Aviação oficial da cidade de São Paulo. Entre 1925 e 1930 os aviões da Força Pública de São Paulo baseados em Marte, abriram dezenas de rotas aéreas, condicionando a instalação de vários aeródromos pelo interior de São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Goiás. Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, o aeroporto foi bombardeado por Forças Getulistas, pois ali se formavam os pilotos da Força Militar (Estadual) que se opunha a Getúlio Vargas. A importância histórica do Campo de Marte é incontestável e ao longo de seus quase 90 anos de existência foi palco de episódios que marcaram a história paulista e nacional e mesmo tendo condições naturais desfavoráveis nos períodos chuvosos, no ano de 1933 recebeu a VASP – Viação Aérea do Estado de São Paulo, voltada aos serviços de transporte de passageiros e mala postal. Em 1935, foi realizado um estudo técnico para escolha do sítio do novo aeroporto, recomendando a escolha da área de Congonhas pelas suas condições naturais. Antes da construção do aeroporto, já funcionava ali um campo de pouso de propriedade da Autoestradas. A partir do início das operações no Aeroporto de Congonhas em 1936, o Campo de Marte deu continuidade ao desenvolvimento da aviação geral, comercial e privada, compartilhada com a aviação militar, na época atribuída ao exército. Desta época em diante foi iniciada a instalação das oficinas de manutenção de motores e aviões, que deram origem ao Parque de Material Aeronáutico, após a criação do Ministério da Aeronáutica. Marte abrigou diversas escolas de aviação particulares, sendo a mais importante de todas, o Aeroclube de São Paulo, fundada em 1931, como órgão de utilidade pública que acabou por transformar-se no maior centro de formação de pilotos civis da América Latina. Com horário de funcionamento das 6h às 23h durante todos os dias, o aeroporto paulistano opera exclusivamente voos de aviação geral, executiva, táxi aéreo, além das escolas de pilotagem, como o Aeroclube de São Paulo, fundado em 8 de junho de 1931. Também estão hangarados no aeroporto o Serviço Aero tático das Polícias Civil e Militar. O sítio aeroportuário conta com área aproximada de 2,1 milhões de m². Campo de Marte é um aeroporto compartilhado, o que significa que parte da área física, 1,13 milhão de m², está sob a administração do Comando da Aeronáutica, por meio do Parque de Materiais Aeronáuticos de São Paulo (PAMA-SP), do Núcleo do Hospital da Força Aérea de São Paulo (NUhFASP), do Centro de Logística da Aeronáutica (CELOG), da Subdiretoria de Abastecimento (SDAB) e da Prefeitura da Aeronáutica (PASP), instalados no local. Sob a administração da Infraero desde 1979, está uma área total de cerca de 975 mil m², que conta com 23 hangares com salas de embarque próprias para a aviação executiva e 34 concessionários, além da pista de 1.600 metros, com recuo de 450 metros e um heliponto. O pátio de aeronaves possui 12.420 m², possibilitando 22 posições de estacionamento. As 71.527 aeronaves que pousaram no terminal no ano passado transportaram 125.395 passageiros. A média mensal de pouso e decolagem de 2016 foi de 5.960 movimentos, sendo que 56,2% referem-se às operações com helicópteros. O aeroporto possui infraestrutura que permite pouso e decolagem noturnos em uma pista de 1.600 metros, e um heliponto. Fonte: Infraero (editado por Aviação Brasil)