Os pilotos e companhias aéreas que utilizam o Aeroporto de Teresina/Senador Petrônio Portella agora dispõem de novos equipamentos de auxílio à navegação aérea. Tratam-se do DVOR (Radiofarol Omnidirecional em VHF utilizando o princípio Doppler) e DME (Equipamento radiotelemétrico), disponibilizados para uso desde o dia 13 de outubro. Também foram publicadas as novas cartas de aproximação padrão por instrumentos (IAC) e de saída padrão por instrumentos (SID).
Com o novo sistema, o Aeroporto de Teresina passa a oferecer procedimentos de pouso e decolagem com mais confiabilidade e precisão, em especial na separação entre as aeronaves quando elas estiverem em voo nas fases de aproximação e saída do aeroporto, o que gera uma maior fluidez na movimentação das aeronaves que chegam e parte do aeroporto.
“O sistema anterior, que era o VOR/DME, com mais de 30 anos de uso, foi desativado pelo desgaste e por causa das restrições operacionais resultantes das interferências causadas pelos obstáculos no entorno do aeroporto. Agora, com o DVOR, o terminal conta com um sistema mais estável e preciso”, afirma o superintendente de Teresina, Marco Aurélio Zenni.
A estabilidade do DVOR é maior porque ele pode contar com até 51 antenas dispostas em um círculo e que utilizam o princípio Doppler para emissão dos sinais. Dessa forma, as ondas de rádio são emitidos por uma antena fixa (em AM) e por pares de antenas opostas uma a outra, sendo que cada emissão é feita por um par diferente (em FM). Assim, a localização da pista de pouso é informada por sinais de rádio emitidos de forma variável, o que aumenta a precisão e reduz a possibilidade de interferência para os pilotos. “Numa comparação simples, é como se acionássemos duas buzinas ao mesmo tempo: uma fixa num ponto e outra num carro em movimento circular em torno da fixa. Quem escuta essa combinação consegue ter uma noção da localização das buzinas”, explica Zenni.
Além de ajudar a aumentar a fluidez do tráfego aéreo a partir de uma separação menor entre os voos, o DVOR também é uma alternativa para as aeronaves que não usam as rotas de navegação de área (RNAV), feitas a partir de satélites e sistemas digitais de bordo que permitem deslocamentos mais diretos, sem precisar passar por pontos de auxílio à navegação.
O investimento no novo DVOR/DME foi feito pela Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), acertado junto à Infraero por meio de um termo de permissão de uso. Ao todo, R$ 1,07 milhão foi aplicado na melhoria.