A Air France foi formada em agosto de 1933 após a fusão da Air Orient, Societe Generale Transport Aerien e Air Union Internationale de Navigation . Comprou os direitos de voos da Compagnie Generale Aeropostal que realizava voos de correio e continuou os voos com o nome Air France-Aeropostal .
Nos sete anos entre sua formação e o início da II Guerra, a Air France criou uma grande rede de rotas pela Europa e Norte da África. Nos serviços pré-guerra, a Air France utilizou o Bleriot 5190, barco voador na rota Dakar-Natal.
Durante os cinco anos de guerra, os serviços foram oferecidos a partir de Casablanca, no Marrocos, norte da África. Em 24 de junho de 1946 a Air France reiniciou seus vôos para o Brasil, após a 2ª Grande Guerra.
Os Sud-Est SE-161 Languedoc foram utilizados no início de 1950 nas rotas europeias. Após a guerra, aeronaves Douglas DC-3 e Douglas DC-4 também foram utilizados. Os Lockheed L-749 Constellations também foram usados em voos de longa distância no início dos anos 60. No início os Connies foram suplementares aos Lockheed L-1049 Super Constellations. Também utilizou os rápidos Lockheed L-1649 Starliner.
Uma frota de aeronaves a pistão,Breguet 763 ‘Provence’ foi utilizada em rotas de passageiros no norte da África. A empresa alugou essas aeronaves logo após para as empresas Air Algerie e Britain’s Silver City Airways . As aeronaves foram convertidas tempos depois para cargueiras e voaram na Europa entre 1960 e 1970, quando foram substituídos pelos Fokker F-27 cargueiros.
Entre 1950 e 60 os Vickers Viscount 708 foram utilizados exaustivamente em rotas europeias. Em 1953 a empresa comprou um De Havilland Comet 1, mas seu uso foi curto pois a aeronave sofria severos danos por fadigas de material e se desintegrava no ar.
Os Viscounts foram substituídos pelos SE-210 Caravelle que começaram a voar na Air France em 1956 realizando voos regulares experimentais. Em novembro de 1959 recebeu o Boeing 707-320Bs, aeronave de longo alcance da Boeing, para substituir as aeronaves a pistão que realizavam voos de longa distância. Ainda no início dos anos 60, a versão 320C do 707 chegou para operar rotas exclusivamente cargueiras. Outras duas aeronaves Convair Cv-990 foram alugadas dos Estados Unidos e utilizadas em rotas na Europa. No final daquela década os Caravelle foram substituídos pelos Boeing 727-200, transição que levou quase dez anos. Naquele período os Fokker F-27 entraram em operação para passageiros e também prestou serviços de carga na Europa e serviu voos de correio.
A partir de 1974 o Airbus A300 entrou em operação para atender as linhas da Europa e norte da África. O Boeing 747-100 e 200 chegaram para substituir o Boeing 707 nas rotas de longa distância. No dia 21 de Janeiro de 1975 o “Concorde” da Air France iniciava seus vôos regulares entre Paris e Rio de Janeiro,após exaustivas viagens experimentais, voando a 2.200 quilometros por hora e ligando Rio – Paris em apenas 7 horas (4 horas menos que qualquer outro avião) .
Em 1976 a aeronave supersônica Concorde estreou voos na rota Paris – New York e simultaneamente na Londres – New York pela British Airways. No final dos anos 70 a Air France comprou vários Boeing 737-200 para operação em rotas de curta distância. Em 1979 a pintura atual da Air France era introduzida nos ares.
Nos anos 80 chegaram os Airbus A310 para as rotas de médio alcance e em 1992 a companhia comprou as rotas da UTA e da Aeromaritime. Em 1984 operou na rota Paris – Recife – Rio de Janeiro com Boeing 747-200.
Em 12 de janeiro de 1990 a Air France adquiriu o controle da UTA e da Air Inter. Ainda nos anos 90 foram incorporadas aeronaves que vemos até hoje na frota, como o Airbus A340, A320 e A321. O Boeing 767-300ER também chegou para as rotas de intensa demanda no eixo Europa – Américas. Os Boeing 747-100 e 200 começaram a ser substituídos pelos novos Boeing 747-400. Em 1991 passou a operar um voo regular de carga na rota Paris (Orly) – Campinas, com Boeing 747-400 Cargueiro.
Em 1º de novembro de 1993 começou a operar na rota brasileira com o Airbus A340-300. Em 1997 integrou a Air Inter ao grupo. Em 1998 a Air France colocou na rota para o Rio de Janeiro e São Paulo o Boeing 777-200ER.
Em julho de 2000 um trágico acidente com um Concorde, após decolar de Paris, deu início a desativação dessas aeronaves em voos de passageiros. O Concorde foi aposentado e as aeronaves fazem hoje parte de acervos de importantes museus aeronáuticos no mundo. Em 2002 passou a ter voos diários tanto de São Paulo como do Rio de Janeiro, sendo o Airbus A330-200 na rota paulista e o A340 na carioca. Em 2004 substituiu o Airbus A330-200 pelo Boeing 777-200 na rota de São Paulo e o Airbus A340-300 pelo Boeing 747-400 na rota do Rio de Janeiro. Ainda em 2004 realizou uma importante fusão com a KLM, da Holanda, porém com operações separadas.
Começou a operar o Airbus A380 no segundo semestre de 2009, se tornando assim a primeira companhia aérea europeia a operá-lo no mundo. Em maio de 2009 a Air France, KLM e Delta Airlines assinaram um acordo de joint venture para as rotas transatlânticas. Um ano depois a Alitalia passou a fazer parte do acordo.
Em 2 de agosto de 2014 o grupo Air France-KLM passou a operar seus voos de e para São Paulo no Terminal 3 do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Em setembro de 2016 a companhia descontinuou o voo de Brasília iniciado em março de 2014, ano que transportou 759.667 passageiros em ambos os sentidos, sua melhor marca até hoje.
Em 2018 a Air France criou a Joon, uma empresa low-cost que seria dedicada a operar em destinos turísticos pelo mundo. No Brasil a empresa iniciou operações em Fortaleza no dia 3 de maio de 2018.
O ano de 2019 manteve o mesmo ritmo de tráfego, com a Air France aumentando em 2% o volume de passageiros transportados de e para o Brasil. Porém, o ano de 2020 trouxe uma pandemia para o mundo e o setor aéreo for fortemente impactado. A Air France apresentou queda de 65,5% no volume de passageiros embarcados e desembarcados no Brasil e queda de quase 30% na carga aérea.
Os números de 2021, computados até agosto último, continuam fracos, mas o avanço da vacinação no Brasil gera uma expectativa para que os números finais deste ano sejam ligeiramente melhores que 2020.
A Air France recebeu em outubro último o prêmio de companhia aérea líder em Business Class na Europa. O reconhecimento ocorreu durante a 28ª edição da cerimônia do World Travel Awards, em Londres.
Abaixo os números de passageiros e carga transportados de e para o Brasil nos últimos cinco anos
Rotas operadas nos últimos 5 anos com passageiros de e para o Brasil
O quadro abaixo representa o percentual do total de passageiros transportados de e para o Brasil pela Air France. As três cidades focos continuam sendo Fortaleza, herdada da Joon, Rio de Janeiro e São Paulo.
Rotas operadas nos últimos 5 anos com carga de e para o Brasil
O próximo quadro representa o percentual do total de carga transportada de e para o Brasil pela Air France, mas não há novidades em destinos atingidos, somente consolidando São Paulo como o ponto principal de partida e chegada de carga aérea da empresa no país.
Voos em Operação de e para o Brasil
A Air France retoma em 31 de outubro próximo, com voos às quartas, sextas e domingos, a operação do voo 415, com Boeing 777-200ER, de Fortaleza para Paris. Do Rio de Janeiro, a operação será diária no voo 443, com Boeing 777-300ER, para Paris. Em São Paulo permanece a operação diária, com Airbus A350-900, no voo 457 para Paris.
Participação de Mercado – Passageiros
Na rota Brasil – França – França, analisando desde 2019, a Air France continua soberana. A pouca concorrência que sofria da Latam se reduziu ainda mais com a pandemia. Vale reforçar que em 2019 os voos da Joon foram absorvidos pela empresa e a Aigle Azur, que voava de Campinas para Orly deixou de operar.
Participação de Mercado (Carga)
O cenário de carga de e para a França é muito parecido com o de passageiros. Vale ressaltar que com a pandemia houveram dois novos entrantes na rota. A Latam Chile, temporariamente substituindo a Latam Brasil, por questões operacionais (falta de aeronaves) e financeiras (Chapter 11) e a Qatar Airways, transportando cargas de medicamentos ao país..