A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, sigla em inglês) divulgou os resultados de tráfego de novembro de 2012, que mostraram uma melhora tanto na demanda de passageiros quanto na de carga. As viagens tiveram alta de 4,6% em relação a novembro de 2011, 2,9% a mais do que os resultados registrados em outubro. Os volumes de carga aérea subiram 1,6% no mesmo período, após declínio de 2,6% em outubro, na comparação ano a ano. A capacidade de passageiros subiu 3,2% e a taxa de ocupação melhorou um ponto percentual, para 77,3%, em relação ao mesmo período do ano passado.
“Novembro trouxe alguns sinais positivos para a demanda de transporte aéreo, particularmente para o setor de carga. É prematuro considerar esta como uma virada para o mercado de carga em termos de recuperação e reconquista do terreno perdido. Mas, quando combinada com desenvolvimento econômico positivo nos EUA e um aumento na confiança das empresas nos últimos meses, as condições estão se alinhando para um retorno ao crescimento em 2013. Em 2013, esperamos que o volume de carga cresça 1,4%, e o tráfego de passageiros aumente até 4,5% no mundo”, disse Tony Tyler, diretor-geral e CEO da IATA.
“O mercado de passageiros manteve-se melhor em face das condições econômicas adversas. Mas o nível atual de transporte aéreo é apenas 2% maior do que no início de 2012. Isso é consideravelmente mais fraco do que a taxa de crescimento média de longo prazo”, disse Tyler.
Em relação a outubro, o tráfego de passageiros em novembro cresceu 0,6%. A maior parte do crescimento veio do mercado interno, particularmente a China. Volumes de frete aéreo em novembro aumentaram 2,4% em comparação a outubro. Isso reflete uma mudança de compras sazonal para varejistas on-line, que dependem fortemente de carga aérea. Ela também mostra que a confiança do consumidor melhorou nos EUA. Volumes de carga aérea, ajustados sazonalmente, já retornaram aos níveis de meados de 2012, após a queda no terceiro trimestre.
Mercados internacionais de passageiros
• Companhias latino-americanas registraram crescimento da demanda de 11% em relação a novembro de 2011, o mais forte de todas as regiões. Embora a economia latino-americana tenha sofrido com a crise da zona do euro e com o lento crescimento da China este ano, a demanda doméstica forte em várias economias importantes prestou apoio contínuo às viagens aéreas. A capacidade subiu 9,8%, levando a uma melhoria na taxa de ocupação de 0,8 ponto percentual, para 76,3%. Em relação a outubro, o tráfego cresceu 2,9%.
Mercado doméstico de passageiros
O mercado doméstico cresceu 3% em relação a novembro de 2011, uma melhora de 2,4% em relação ao crescimento ano a ano relatado em outubro. No entanto, o aumento mês a mês foi de apenas 1,2%. A capacidade de crescimento de 3,3% superou a demanda e o fator de carga, que caiu 0,2 ponto porcentual, para 79,1%.
• O Brasil registrou forte crescimento da demanda, de 10,2%. O Brasil tem sido o mercado de maior crescimento doméstico por dois meses consecutivos. A capacidade caiu 2,1% e a taxa de ocupação saltou 8,3 pontos porcentuais, para 73,9%. Em relação a outubro, o tráfego cresceu 2,3%.
Mercados de frete (internacional e doméstico)
O mercado de transporte aéreo se recuperou fortemente em novembro, aumentando 1,6%, após declínio de 2,6% na comparação ano a ano de outubro. Embora esse aumento reflita o impacto das inundações na Tailândia no mesmo período do ano passado, o aumento mês a mês de 2,4% é um sinal positivo.
• O frete de carga das companhias aéreas latino-americanas cresceu 4,2% ano a ano, mas a capacidade cresceu em mais de duas vezes a taxa, de 8,5%.
Ponto principal
“O período de férias que terminou recentemente serve como um lembrete para o valor que a aviação oferece. Viajar, possibilitado pela viação, trouxe mercadorias sazonais aos mercados e reuniu amigos e familiares ao redor do mundo para comemorar. Este é o centésimo ano da aviação comercial. Durante este século, por meio de uma rede em constante expansão, o transporte aéreo tem transformado a maneira como vivemos, trabalhamos e atuamos, proporcionando empregos para cerca de 57 milhões de pessoas e provendo US$ 2,2 trilhões em atividade econômica, conectando pessoas e bens em 35 mil rotas. Mas o crescimento contínuo e a conectividade não são garantidos. A margem esperada do setor em 2013, de 1,3%, é muito fraca. Além disso, retornos sobre o investimento atual são menos da metade do custo de capital da indústria, que continua a corroer o valor do acionista.
No novo ano, os governos devem resolver derrubar as barreiras ao crescimento da conectividade. Isso pode ser feito ao abordar tributação excessiva, altos custos de infraestrutura, regulação onerosa e melhora da capacidade e eficiência dos aeroportos e serviços de navegação aérea. Um setor aéreo forte é de total interesse para o governo que está ansioso para apoiar o crescimento e o desenvolvimento econômico. O comércio é a chave para o crescimento. Para o qual a conectividade é crítica. E é a aviação que faz a conectividade acontecer “, disse Tyler.