Encerrado o ano fiscal de 2016, atualizamos a carteira de pedidos da Embraer.
[table “225” not found /]A Embraer entregou 32 aeronaves comerciais e 43 executivas (25 jatos leves e 18 jatos grandes) no 4º trimestre, para um total acumulado de 108 aeronaves comerciais e 117 executivas (73 jatos leves e 44 jatos grandes) entregues em 2016. Isso se compara a um total de 33 aeronaves comerciais e 45 executivas (25 jatos leves e 20 jatos grandes) entregues no 4º trimestre de 2015 e 101 aeronaves comerciais e 120 executivas (82 jatos leves e 38 jatos grandes) entregues em 2015.
Considerando-se todas as entregas, bem como os pedidos firmes obtidos durante o período, a carteira de pedidos firmes a entregar (backlog) da Companhia teve queda de US$ 2,9 bilhões durante 2016 e ficou em US$ 19,6 bilhões ao final do ano.
Em Dezembro de 2016, a Embraer atingiu um marco com os E-Jets ― a entrega da aeronave de número 1.300. O modelo E195 foi entregue à chinesa Tianjin Airlines, maior operador de E-Jets na Ásia e também membro da família de operadores da segunda geração dos E-Jets. A Embraer ainda assinou um contrato com a United Airlines para a venda de 24 jatos E175. Esta encomenda representa uma transferência de 24 jatos previamente alocados para a Republic Airways Holdings (Republic), atualmente na carteira de pedidos da Embraer, que foram cancelados. Os 24 aviões para a United Airlines estão programados para ser entregues em 2017. O contrato tem um valor total de US$ 1,08 bilhão, a preço de lista. Este movimento está refletido nos resultados da Embraer do quarto trimestre de 2016, não tendo impacto incremental na carteira de pedidos da Empresa.
No quarto trimestre de 2016, durante o Istanbul Airshow, a Embraer, juntamente com a Aercap, anunciou mais um operador da família de E-Jets E2. A AerCap está arrendando três E190-E2 e dois E195-E2 à Borajet, companhia aérea da Turquia.
Ainda no quarto trimestre de 2016, por ocasião da homologação dos jatos E170 e E175 para operação na Rússia, a Embraer adicionou a S7 à base de clientes de E-Jets. A companhia aérea pretende expandir a malha regional e aumentar a conectividade da região, hoje concentrada em Moscou.
No setor de serviços, a Embraer divulgou a expansão de seu programa pool de peças de reposição e reparo. A empresa anunciou novos contratos com a Airlink (África do Sul), People’s ViennaLine (Áustria) e Eastern Airways (Reino Unido). O programa pool de peças de reposição da Embraer atualmente apoia mais de 50% dos clientes ERJ e 65% dos clientes E-Jets em todo o mundo.
No segmento de jatos comerciais de 70 a 130 assentos, a Embraer mantém a liderança com mais de 50% das vendas e 60% das entregas do mercado mundial.
No 4º trimestre de 2016, o segmento de Aviação Comercial teve participação de 50,6% na Receita líquida da Companhia, abaixo dos 53,7% do 4º trimestre de 2015, apresentando queda de 21% na receita na comparação entre os trimestres. O segmento de Aviação Executiva teve queda de participação de 36,0% no 4º trimestre de 2015 para 33,2% no 4º trimestre de 2016, refletindo o menor número de entregas nesse trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior (43 vs. 45). O segmento de Defesa & Segurança teve 15,8% de participação na receita no 4º trimestre de 2016, acima dos 9,7% do 4º trimestre de 2015 e com 37% de aumento das receitas no período como resultado da valorização do real ocorrida no período e a ausência de revisão da base de custos para determinados contratos desse segmento. Outras receitas representaram 0,4% de participação no 4º trimestre de 2016 em comparação aos 0,6% do 4º trimestre de 2015. No ano, o segmento de
Aviação Comercial teve 56,7% de participação no total das receitas da Companhia, o segmento de Defesa & Segurança alcançou 15,1%, o segmento de Aviação Executiva reportou 27,8%, enquanto que Outras receitas tiveram participação de 0,4%.
Em 2017, a Embraer continuará a investir em novos produtos a fim de manter a atratividade de longo prazo de sua carteira Aeroespacial e de Defesa. Não obstante, a Companhia continuará a focar no controle de custos que se traduzirá em maior rentabilidade e competitividade. A combinação de produtos modernos e disciplina financeira são pilares importantes para enfrentar o ambiente de mercado atual.
Para o segmento de Aviação Comercial, uma transição suave da primeira geração dos E-Jets para a segunda geração continua em andamento e com a entrada em serviço (EIS) do primeiro modelo, o E190-E2, planejada para o primeiro semestre de 2018. A Embraer espera que as entregas de jatos comerciais fiquem em torno de 100 unidades, próximo ao nível apresentado dos últimos anos. Dado o recente nível de encomendas de aeronaves, em que a Embraer recebeu parte significativa oriunda do mercado regional norte-americano, a Companhia projeta que as entregas do jato E175 continuarão a representar uma maior parcela do total de entregas desse segmento em 2017.
Para 2017, a estimativa da Companhia é de atingir Receita líquida de US$ 5,7 a US$ 6,1 bilhões, impulsionada pelas entregas estimadas de 97 a 102 jatos na Aviação Comercial e de 105 a 125 jatos na Aviação Executiva.