A Embraer e a GE realizaram uma série de vôos de teste esta semana com um jato Embraer 170. O objetivo dos ensaios era avaliar as características operacionais da aeronave e do motor GE CF34-8E utilizando o combustível HEFA (Ésteres e Ácidos Graxos Hidro-processados) em diversas condições de vôo. Para a realização dos testes, o motor da GE foi alimentado com uma mistura dos combustíveis Jet-A e HEFA (derivado da camelina), na proporção máxima permitida pela ASTM (50%-50%).
Após a recente aprovação dos combustíveis HEFA derivados de biomassa pela ASTM, a Embraer e a GE juntaram esforços com o objetivo de apoiar o desenvolvimento de biocombustíveis sustentáveis para a aviação. Com estes testes, ambas as empresas confirmaram ter robustos planos técnicos e procedimentos para a realização de futuros ensaios envolvendo outros combustíveis.
“Temos um forte e duradouro compromisso em desenvolver produtos eficientes com responsabilidade ambiental. Esta série de testes e os resultados positivos obtidos nos forneceram informações que contribuição para o desenvolvimento do nosso programa de sustentabilidade”, disse Mauro Kern, Vice-Presidente Executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer. “Apoiar o desenvolvimento e a utilização de biocombustíveis sustentáveis na aviação é uma das prioridades da indústria e estamos firmemente engajados neste esforço.”
A série de testes realizada no mês de agosto de 2011 abriu caminho para o estudo de outros biocombustíveis produzidos a partir de biomassas e processos tecnológicos em desenvolvimento pela indústria, que serão avaliados pela Embraer e a GE. Estes combustíveis estão sendo estudados por fornecedores em todo o mundo, incluindo o Brasil.
“A Embraer e a GE planejam realizar novos testes com biocombustíveis e participar das atividades de avaliação da ASTM. Isto pode incluir uma série de desafios, desde o ensaio de outros processos tecnológicos e biomassas à utilização de misturas com maior quantidade do HEFA”, disse Laurent Rouaud, Executivo-Chefe de Marketing da GE Aviation. “Estes vôos também demonstraram que os fabricantes da aeronave e do motor estão interessados em reduzir as emissões de carbono dos seus novos produtos e trabalhar em conjunto com os produtores para estabelecer antecipadamente a demanda e beneficiar toda a indústria de aviação.”