A Flapper anunciou na última quarta-feira, 28 de outubro, o lançamento da campanha de crowdfunding para arrecadação de R$ 2,5 milhões de reais. A oferta representa a última cota de um investimento maior no nível de “Séries A”, que será anunciado ainda este ano.
A SMU Crowdfunding foi a empresa escolhida como sócia da captação e também entrará no round junto com demais investidores.
De acordo com a Flapper, os recursos serão utilizados para acelerar a expansão do seu principal modelo de negócios e lançar sua operação no exterior. Criada em São Paulo e atualmente com escritórios em Belo Horizonte e Rio de Janeiro, a Flapper pretende abrir quatro novos mercados na América Latina e lançar rotas compartilhadas adicionais para aeroportos não disponíveis na aviação comercial no Brasil.
“Queremos ser líderes regionais em voos fretados e compartilhados, com a oferta de serviços mais versátil do mercado. Nosso compromisso em longo prazo é democratizar o setor de aviação privada e expandir seu tamanho dos atuais 300.000 usuários para mais de 2.3 milhões de clientes potenciais, apenas no Brasil”, informa Paul Malicki, CEO da Flapper.
Ele argumenta ainda que a escolha de crowdfunding como forma de investimento foi espontânea, pois têm os mesmos moldes do serviço que a empresa oferece, assim como o perfil dos clientes: usuários conectados com a tecnologia e novas formas de consumo.
“Fora do futebol, a aviação é provavelmente o único setor com tanta gente apaixonada pelo que faz. Se ainda considerarmos que muitos de nossos clientes têm alto poder aquisitivo, é fácil imaginar o fluxo de pedidos que recebemos para que a Flapper abrisse uma parte de nosso equity a terceiros”, pontua Malicki.
Captação colaborativa
Empresas de tecnologia foram as que mais receberam investimentos apesar da crise. De acordo com um relatório da Inside Venture Capital, entre janeiro e setembro de 2020, houve uma injeção de R$ 12,3 bilhões de investimentos no setor.
Rodrigo Carneiro, CEO da SMU aponta que a plataforma tem como objetivo investir em todas as empresas que estão em seu hub. Segundo ele, a Flapper através de sua solução, tem total sinergia com a plataforma e para quem quer investir na empresa, uma boa oportunidade de estar ao lado de grandes players do mercado de investidores como a SMU Investimentos, Confrapar e demais Anjos experientes. “Não é comum encontrar uma empresa que cresceu 200% em 2020 com esta situação de pandemia”, pontua o CEO.
Carneiro ressalta que a solução da Flapper tem um grande atrativo para investidores. “O Brasil possui mais de 2500 aeroportos, porém menos de 100 deles são conectados pela aviação comercial. A Flapper resolve este problema para turistas, profissionais e cargas”, diz.
Ele explica ainda que para investir, basta acessar o startmeup.com.br e encontrar as informações sobre o investimento na Flapper. “Por meio de vídeos, grupos de discussão com os sócios e investidores, apresentações e até o simulador de retorno do seu investimento, os interessados conseguem fazer os lances que podem ser feitos até com cartão de crédito”, explica Carneiro, que além de CEO, é um dos fundadores da empresa que desde a sua fundação em 2013, já realizou mais de 22 captações, movimentando mais de R$ 30 milhões de reais em investimentos em startups.
A Flapper cresceu?
A Flapper aumentou a sua receita de 2019 em 251% e pretende manter um crescimento de 3 dígitos em 2020. A empresa relatou anteriormente um rápido crescimento de solicitações durante a pandemia, como resultado tanto do declínio na oferta entre as companhias aéreas comerciais, quanto da expansão do seu serviço a voos de carga e aeromédica. Foi considerada como a quarta empresa que mais fez a diferença na pandemia por um grande veículo de comunicação e foi um dos destaques do Desafio Brasileiro de Inovação e Turismo organizado pelo Ministério de Turismo em setembro deste ano.