O governo federal pretende anunciar em breve programa para ampliar a aviação regional em pelo menos 61%. A informação é do ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt. A ideia é aumentar o número de aeroportos, dos atuais 130 para cerca de 210 até 2014, ano da Copa do Mundo. A expansão desse total de terminais regionais vai permitir o atendimento de cerca de 94% da população brasileira, contra os cerca de 79% atuais.
“Assim como estamos fazendo com os grandes aeroportos, estamos estudando para saber de que forma podemos aumentar a malha brasileira para atender melhor e em maior proporção a população. Os estudos estão adiantados e esperamos fechar esse projeto em pouco tempo e lançá-lo”, destacou o ministro.
Segundo ele, o projeto está sendo detalhado neste momento com a participação dos governos estaduais, que deverão ser os operadores principais desses aeroportos. Os recursos virão do Fundo Nacional de Aviação Civil, criado no ano passado e que neste ano deverá totalizar em torno de R$ 2 bilhões.
“Parte dos recursos do Fundo será utilizada para ampliação dos voos regionais (dentro do país), que foi criado no ano passado justamente para isso, não só para ter grandes aeroportos bem geridos e com qualidade nos serviços prestados, mas também fazer com que a malha regional possa se integrar a esses aeroportos e prestar um serviço melhor à população brasileira.”
Em relação às novas licitações de grande aeroportos como o Galeão no Rio, o ministro informou que o governo está discutindo a estratégia de longo prazo e avaliando o “momento de fazer e a oportunidade” para realizá-las. O ministro informou que no próximo dia 25 serão assinados os contratos de concessão com os grupos privados que venceram os leilões para a operação dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília.
Bittencourt participou ontem do Seminário Internacional Parcerias para o Desenvolvimento, realizado na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). O presidente da Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), Mauro Viegas, destacou a importância da participação do setor privado nas Parcerias Público-Privadas (PPPs) projetos de infraestrutura como na área de energia e transporte.
“Estamos chegando à idade adulta do ciclo de concessões iniciado em 1995. Com isso, o tema das renovações e a ampliação dos prazos das concessões devem ser enfrentados com transparência e maturidade. Deve haver regras claras de desempenho em negociações visando sempre ao interesse da boa prestação de serviços aos usuários”, destacou.
Fuente: www.pernambuco.com