… a se tornarem cada vez mais atenciosas com os custosos impedimentos de gerenciar os “mega-hubs”.

Não estamos longe, do ponto-de-vista operacional, aonde as margens de retorno são menores que os investimentos aplicados; o que acaba forçando as companhias a tomar medidas otimizantes e corretivas na estrutura dos seus “hubs” ao alocar vôos para destinos específicos a partir de aeroportos dedicados.

As alianças estratégicas de empresas aéreas estão protagonizando um papel fundamental na formatação dessas medidas e, sem duvida, esse alinhamento e cooperação culminara no serviço quase exclusivo dos afiliados em uma região especifica juntamente com os seus aeroportos. É importante evitarmos a modista discussão sem fim, tanto comentada na industria, sobre o modelo ideal de operações: “Hub” ou “Ponto-a-Ponto”, já que os dois modelos tem previsões diferentes sobre como será o futuro do transporte aéreo. Porém, a resposta continua aberta. Quem esta correto? Acadêmicos, executivos e economistas do setor, fizeram o seu dever de casa sobre esse tópico, então a minha humilde opinião nada mais é que um achismo.

Acredito que os dois modelos estão parcialmente corretos nas suas avaliações e que os grandes “hubs” continuarão a existir, mas, haverá um número menor de grandes empresas aéreas afunilando enormes quantidades de passageiros através desses terminais, especialmente entre os aeroportos mais congestionados aonde os custos de vôo subirão dramaticamente nos próximos anos. Considerando o fato que a expansão contínua desses aeroportos congestionados é impossível, penso que haverá limitação de uso para esses terminais tradicionais, que ligam indiscriminadamente diversas cidades no mundo. Esse fenômeno pode gerar a criação de “hubs” dedicados para servir destinos selecionados e isso será feito, muito provavelmente, com aeronaves menores que as atuais. Por exemplo, seria o aeroporto Charles De Gaulle o unico portão de entrada para a nova companhia Air France / KLM na Africa?

Existe ainda muito espaço de discussão para os letrados no assunto enquanto se tenta desenhar a forma mais efetiva de se operar uma empresa aérea e, certamente, a próxima onda de fusões, regulamentações e alianças ira modelar futuras opiniões.

O autor e candidato a um doutorado sobre aliancas estrategicas em transporte aereo na Universiteit van Amsterdam. Contate-o no e-mail [email protected]

FONTE: Aviação Brasil – Ciro Camargo – São Paulo/SP

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