Em 2011 a Lufthansa será o “cliente de lançamento” da versão de passageiros do Boeing 747-8. O grupo encomendou um total de 20 destes aviões gigantes e mantém uma opção de compra para outros 20. O primeiro Boeing 747-8 passará a integrar a frota no final de 2011. Os demais serão introduzidos sucessivamente até 2014.
Devido às características das rotas e à situação da demanda, o novo avião possivelmente será, em breve, uma alternativa para as rotas Lufthansa de Frankfurt para Buenos Aires e para a Cidade do México. Com isso, a Lufthansa também seria a primeira empresa aérea a trazer esta aeronave gigante para a América Latina.
Com a operação do Boeing 747-8, a Lufthansa, mais uma vez, define novos padrões. A introdução representa mais um passo da empresa aérea rumo à “Frota-de-Três-Litros” (por passageiro e 100 quilômetros), pois o Boeing 747-8 Intercontinental é 16% mais eficiente no consumo de combustível do que o Boeing 747-400. Ao mesmo tempo, a emissão de ruídos do B747-8, comparada à do atual Jumbo Jet (Boeing 747), foi reduzida em 30%. O Boeing 747-8 corresponde às determinações de emissão de ruídos QC2 para pousos e QC1 para decolagens, o que representa uma redução sustentável de ruídos de 20% em relação aos modelos mais antigos.
Atualmente, cerca de 45 destinos em todo o mundo estão sendo analisados por estrategistas da malha aérea da Lufthansa como possíveis destinos para o Boeing 747-8. O foco principal está concentrado nas rotas para a Ásia e para a América Latina.
O Boeing 747-8 dispõe de tecnologia nova como, por exemplo, asas redesenhadas, com perfil de última geração e novos raked wingtips (ao invés de winglets), cujas vantagens aerodinâmicas reduzem sensivelmente o consumo de combustível. Além disso, ele dispõe de motores também recém-desenvolvidos (Genx-2B67), cuja tecnologia corresponde ao nível do do Boeing 787. Estes motores permitem consumo de combustível, emissão de poluentes e evolução de ruídos ainda menores que os das atuais gerações de turbinas. Os flaps e ailerons na asa são operados por tecnologia fly-by-wire, o que reduz os custos de manutenção. Novas ligas de alumínio, menos suscetíveis à corrosão e com peso reduzido, aumentam a rentabilidade do avião.
O tamanho do novo avião também é digno de nota: o Boeing 747-8 foi “esticado” cerca de 5,6 metros em relação ao Boeing 747-400, é aproximadamente um metro mais comprido que o A340-600 e, portanto, o avião mais comprido do mundo.