A Infraero inicia hoje, 9 de agosto, a transição das operações do terminal 2 do Aeroporto Internacional de Manaus/Eduardo Gomes para o terminal 1. A medida pretende aproveitar melhor a estrutura do aeroporto, uma vez que as instalações do terminal 1 tem totais condições de receber o movimento do Eduardinho, além de disponibilizar novas áreas para a exploração comercial. O objetivo é que toda a mudança seja concluída no dia 23/8.
Com a mudança, os passageiros e usuários passarão a utilizar uma estrutura maior, mais confortável e sem nenhum impacto na programação regular dos voos. “Será uma mudança para melhor para quem antes chegava ou partia de Manaus pelo terminal 2, tanto para os passageiros e usuários como para os demais funcionários do Eduardinho”, explica o superintendente do Aeroporto de Manaus, Abibe Ferreira. As lojas que hoje estão no terminal 2 também poderão mudar de instalações. “A Infraero já está em diálogo com os lojistas para saber do interesse deles em mudar para o terminal 1”, complementa o superintendente.
No terminal 1, os passageiros e usuários terão 89 lojas e 54 mil m² de área para embarque e desembarque. Já no terminal 2, esse espaço é de 5,7 mil m² e 5 lojas.
A queda na movimentação de passageiros foi o maior fator que levou a Infraero a reavaliar o uso das estruturas do Eduardinho, procurando torná-lo economicamente mais rentável. Em 2014, a movimentação do terminal 2 foi de 762 mil embarques e desembarques. Já em 2015, esse número caiu para 402 mil e em 2016 a queda foi maior ainda, com apenas 132 mil embarques e desembarques em um terminal de passageiros com capacidade para operar até 2 milhões de passageiros ao ano.
Nesse cenário, a Infraero se baseou nesses números para otimizar os custos do Aeroporto de Manaus. O objetivo é garantir níveis de conforto e segurança dentro das normas vigentes, mas com um aproveitamento melhor da infraestrutura disponível. O terminal 1 tem condições de sobra para receber o movimento do Eduardinho, além de realizar economia de recursos públicos.
“Entendemos que os passageiros do terminal 2, que agora serão atendidos no terminal 1, contarão com maior conforto, segurança e opções comerciais. A aviação geral, que utiliza nossos pátios e os hangares, continua sendo muito bem vinda ao nosso aeroporto, uma vez que trata-se de um segmento importante na região amazônica, que conecta e atende localidades de difícil acesso, tornando-se este um serviço de considerável relevância para a população”, avalia Abibe.
Com as mudanças das operações do terminal 2 para o 1, a Infraero ficará com as instalações do Eduardinho vazias. Serão 5,7 mil m² que terão seu aproveitamento futuro estudado pela Infraero. A exemplo de outros aeroportos no Brasil, será feito um estudo comercial para definir a melhor forma de dar um novo destino ao terminal 2. Para isso, a empresa fará sondagens ao mercado antes de definir o melhor modelo a ser oferecido em licitação. Há casos de aeroportos que ampliaram seus segmentos de logística de carga ou que passaram a oferecer lojas como home-centers, por exemplo.