Depois de Manaus, Recife e Fortaleza com conectividade para todo o nordeste. A ABSA Cargo Airline, empresa de carga aérea de bandeira brasileira, começa a operar nas duas capitais nordestinas a partir do dia 22 de junho. Serão cinco voos semanais, de terça-feira a sábado, com um Boeing 767-300F, com capacidade para transportar até 57 toneladas de carga. Os voos sairão do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, às 4h30 com chegada prevista em Recife às 7h25 e, na capital cearense, às 9h35; retornando para São Paulo às 23 horas. Esta será a segunda rota doméstica operada pela companhia desde que a empresa retomou os voos no mercado interno, no ano passado, com a rota Guarulhos-Manaus-Guarulhos.
A direção da companhia admite que o lançamento do novo trecho foi estimulado pelo sucesso alcançado com a primeira rota doméstica – que em maio contabilizou 52% de participação naquele mercado -, aliada a percepção da crescente demanda por transporte de carga no modal aéreo no nordeste do país. “A ABSA está sempre em busca de novas oportunidades e identificou no nordeste uma demanda não atendida, um espaço para crescer. Com a ampliação da malha aérea, a empresa passa a oferecer um produto de qualidade, alta confiabilidade e segurança a empresas de uma região em franca expansão e carente desses serviços”, afirma Alexandre Silva, gerente de Vendas da companhia.
Silva acrescenta que, para o usuário, poder contar com uma aeronave de alto desempenho, baixo nível de manutenção, dedicada exclusivamente ao transporte de carga, com horários e programação fixos, significa maiores índices de competitividade. As projeções de crescimento na movimentação de cargas no Complexo Industrial Portuário de Suape e início de funcionamento da Refinaria Abreu e Lima, previsto para o próximo ano, são fatores que fazem a ABSA acreditar no aumento da demanda local por novos serviços.
O gerente da ABSA aposta, ainda, que além do mercado doméstico, a nova rota ampliará a capacidade de exportação de produtos do nordeste brasileiro com boa aceitação no exterior. Como a região é atendida principalmente por aviões de pequeno porte, muitas empresas com produtos que poderiam ganhar o mercado internacional, acabam limitando seus negócios por causa das restrições impostas para o transporte de carga nestas aeronaves.
“Com a nossa disponibilidade de espaço, podemos oferecer a estes produtores, sobretudo no caso dos perecíveis, um serviço melhor e uma maior capilaridade, que garanta colocar seus produtos em mais mercados, num espaço de tempo menor, mais adequado às necessidades de seus clientes”, pondera o representante da ABSA Cargo. A companhia projeta movimentar aproximadamente 6.500 toneladas na nova rota até o final do ano e trabalha com a expectativa de alcançar 35% de participação neste mercado até 2011.