O Grupo Lufthansa promove amplas pesquisas sobre a utilização de biocombustível nas operações de rotina e está em fase de aprovação um combustível biossintético previsto para ser utilizado para esse fim. Com isso, a Lufthansa será a primeira empresa aérea do mundo a testar o biocombustível, imediatamente após sua aprovação, em 1400 voos de ida e volta do A321 entre Hamburgo e Frankfurt durante um período de seis meses.
A escolha dessa rota para o teste deve-se à existência de um tanque apropriado de biocombustível no porto de Hamburgo e de dois tanques de armazenagem independentes no aeroporto de Hamburgo, um dos quais futuramente poderá ser usado para a mistura de biocombustível. Para o teste, cada turbina do A321 será abastecida com uma mistura de 50% de querosene regular Jet A-1 e 50% de combustível biossintético ‘HRJ’. Os 50% de Jet A-1 garantem a capacidade de lubrificação, como, por exemplo, das vedações.
As matérias-primas para bioquerosene são compostas, por exemplo, de canola e do arbusto energético oleaginoso jatropha. Essa planta é cultivada em zonas tropicais e subtropicais como, por exemplo, Moçambique, porém ainda não em quantidade suficiente. Joachim Buse, diretor do projeto de biocombustível para a aviação “Aviation Biofuel’ da Lufthansa disse que a empresa somente utiliza óleos vegetais de cultivos sustentáveis e certificados. “As florestas tropicais não serão desmatadas para esse fim. As plantas oleaginosas para a aviação não serão cultivadas em detrimento do fornecimento de produtos alimentícios”, garantiu.