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Poluição do ar pode ser um dos responsáveis por deixar alguns Boeing 787 sem voar!

Foto: Alexandre Barros

Acredita-se que a poluição do ar, especialmente em grandes cidades asiáticas, seja uma das causas dos problemas de confiabilidade que afetaram uma grande parte da frota de Boeing 787 equipados com motores Rolls-Royce Trent 1000. Isto é o que foi informado em matéria da revista americana Air Transport World, conceituada publicação do meio aeronáutico, esta semana.

Vários Boeing 787 estão aguardando parados em aeroportos ao redor do mundo, enquanto os motores Trents são inspecionados e modificados. Companhias como a Air China, Air New Zealand, British Airways e Virgin Atlantic estão entre as afetados. A Air New Zealand suspendeu duas rotas internacionais, em parte devido à escassez de aeronaves causada pelo problema, depois de ter sido forçada a fazer mudanças significativas no cronograma anterior para poder ajustá-lo as inspeções e reparos exigidos pelos Boeing 787-9s. Muitas outras companhias aéreas também estão passando por interrupções no cronograma por causa dos problemas do mecanismo.

A Rolls-Royce disse esta semana que está concluindo o desenvolvimento do elemento final de um conjunto de modificações para corrigir os problemas e afirma estar confiante de que o novo design será liberado para apresentação nos próximos meses.

As melhorias permitirão aos operadores com os motores dos pacotes B e C retomar seus voos de longo alcance, além de aliviar os encargos de inspeção impostos no início deste ano pelos órgãos reguladores após a descoberta de rachaduras por fadiga. As modificações estão centralizadas na bobina de pressão intermediária (IP) do motor de três eixos, problema inicial de serviço que surgiu pela primeira vez em 2016.

O engenheiro chefe de grandes motores da Rolls-Royce, Frank Haselbach, disse que as mudanças devem solucionar os problemas, que a empresa reconheceu em agosto e custou US$ 729 milhões de dólares.

O início do problema foi causado pela “corrosão quente”, na qual o revestimento de barreira térmica nas pás da turbina IP foi retirado prematuramente, expondo o material subjacente à fadiga de ciclo baixo. A análise dos fenômenos indicou que estava ligada principalmente a operações dentro e ao redor de aeroportos na região da Ásia – Pacífico, com altas concentrações de enxofre na atmosfera. “É fundamentalmente a poluição em torno das grandes cidades que têm indústrias”, disse Haselbach.

Um material base está sendo revisado e um revestimento para combater a corrosão estão sendo lançados na frota de motores. A segunda questão que afeta o Trent 1000 é um problema de quebra de rotor de compressor IP, que a Rolls-Royce está enfrentando redesenhando as lâminas. Sua certificação, após solucionar o problema, está nos estágios finais.

Como notamos, parece que estamos perto de vermos solucionados os problemas com os motores do Boeing 787.

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Last Updated on setembro 21, 2018 by Alexandre Barros (Aviação Brasil)