A TAM S.A. alcançou lucro líquido de R$ 60,3 milhões no segundo trimestre deste ano e reverteu a situação de perdas do mesmo período de 2010, quando registrou prejuízo líquido de R$ 174,8 milhões. O lucro operacional (EBIT) foi de R$ 15,6 milhões, com margem de 0,5%, contrapondo-se ao EBIT de R$ 1,4 milhão, com margem de 0,1%, registrado no segundo trimestre do ano passado. Já a receita operacional bruta cresceu 16,5%, para R$ 3,2 bilhões, também na comparação anual, sendo que R$ 2,3 bilhões correspondem às receitas com passageiros, que aumentaram 8,2%.
O destaque foi a expansão de 18,2% no faturamento com passageiros de voos internacionais, para R$ 865,4 milhões. Nas operações para o exterior, a companhia também registrou crescimento em 5,1 pontos percentuais na taxa de ocupação (load factor), que atingiu 81,4% no trimestre. Em junho, a TAM havia registrado ocupação internacional recorde para o mês, de 79,6%. Já na operação doméstica, o faturamento de R$ 1,5 bilhão foi 3,1% superior no trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado. O número reflete os 8 pontos percentuais de crescimento da taxa de ocupação doméstica, que atingiu 69,2%.
Com média diária de 911 voos no segundo trimestre, 13% acima dos mesmos três meses de 2010, a TAM transportou 9,6 milhões de passageiros pagantes, um expressivo aumento de 24,7% na comparação anual. Somadas as operações doméstica e internacional, a companhia atingiu taxa de ocupação de 73,9%, resultado 6,8 pontos percentuais acima do registrado no segundo trimestre do ano passado. Este crescimento é significativo para esta época do ano, já que os meses de abril, maio e junho são, historicamente, os que registram menor demanda.
O crescimento das taxas de ocupação e do número de passageiros pagantes transportados compensou a redução de 7,8% no yield geral (preço médio pago por passageiro em cada quilômetro voado) no segundo trimestre. Nas operações internacionais, o yield em reais diminuiu 2,4% e em dólar cresceu 9,6%. Já o doméstico teve queda de 21%. Essa diminuição é reflexo do sucesso da campanha de varejo, iniciada pela companhia em agosto de 2010, que incentiva passageiros sensíveis a preço a voarem fora do horário de pico. Esse resultado pode ser observado no aumento, entre abril e junho, do load factor em voos realizados das 10h às 16h e das 21h às 7h. No segundo trimestre do ano passado, a ocupação média caía 7 pontos percentuais fora dos horários de maior movimento. No mesmo período deste ano, a queda foi de apenas 4 pontos percentuais. Além disso, o primeiro semestre foi marcado por várias ações promocionais em função da dinâmica concorrencial.
Também merece destaque nos resultados do segundo trimestre de 2011 o forte crescimento de 92,4% em outras receitas operacionais, que chegaram a R$ 540,9 milhões. A expansão foi influenciada principalmente pelo aumento de 285% na receita do Multiplus Fidelidade, que registrou faturamento de R$ 265,9 milhões no período.
“Os valores alcançados com receitas adicionais atestam o acerto de nossa estratégia de diversificação dos negócios. Nosso objetivo é construir um grupo de multinegócios relacionados à aviação para diversificar nossas fontes de receita”, comenta Marco Antonio Bologna, presidente da TAM S.A.
As despesas operacionais cresceram 16,4% no segundo trimestre devido, sobretudo, às despesas com combustíveis, que tiveram alta de 28,1% devido ao aumento do barril de petróleo WTI (West Texas Intermediate), ao maior preço médio pago por litro e ao aumento da taxa de ocupação e das horas voadas pelas aeronaves. Esse aumento foi em parte compensado pelo reconhecimento de créditos de PIS e COFINS no valor de R$ 143 milhões.
Para os próximos 12 meses, a TAM tem cobertura (hedge) para 30% do seu consumo a um strike médio de US$ 94 por barril. Entre julho de 2012 e junho de 2013, o percentual de cobertura é de 18% do consumo projetado e strike médio de US$ 99 por barril. A proteção está adequada ao cenário econômico e ao consumo da empresa, segundo política de longo prazo estipulada pela companhia.
Excluindo-se o gasto com combustíveis, a TAM apresentou redução de 3,5% no custo por assento disponível por quilômetro (CASK). “Mantemos as estimativas de crescimento para 2011 e os nossos esforços para redução dos custos fixos e para a constante melhoria de desempenho da companhia. Os resultados alcançados no segundo trimestre mostram que, apesar dos grandes desafios que temos à frente, estamos no caminho certo para continuar prestando serviços de alta qualidade, com preços competitivos, e facilitando o acesso às viagens de avião”, afirma Líbano Barroso, presidente da TAM Linhas Aéreas.
De abril a junho, a companhia recebeu dois Airbus A330, um A321 e um A319. O crescimento da frota, que somará 156 aeronaves no fim do ano, permitirá o aumento da oferta de assentos conforme previsto, mantendo a qualidade do serviço, de acordo com a política da TAM de operar com aviões modernos. Em julho passado, a empresa encerrou as operações com os ATR-42.
De acordo com seus prognósticos para 2011, a companhia mantém a expectativa de crescimento da oferta de assentos entre 10% e 13%, e da taxa de ocupação entre 73% e 75%. “Em linha com o plano que anunciamos no fim do ano passado, aumentaremos a oferta abaixo da demanda, mas mantendo o equilíbrio entre as necessidades do mercado e a sustentabilidade dos negócios”, analisa Barroso.
Com cinco novas frequências internacionais anunciadas até agora, a TAM superou a estimativa de dois novos destinos ou frequências para o exterior no ano e agora se prepara para o lançamento do voo para a Cidade do México, no segundo semestre.
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