Chegou ao Brasil na noite do último domingo, dia 19, o 39º e último voo da megaoperação inédita do Ministério da Infraestrutura (MInfra) em parceria com a Latam.
Iniciada em maio, a operação foi responsável por trazer ao país 240 milhões de máscaras cirúrgicas e N95 adquiridas pelo Governo Federal para auxiliar no combate à Covid-19. Foram mais de 1 mil toneladas. Os equipamentos estão sendo distribuídos aos profissionais de saúde nas 27 unidades da federação.
O voo JJ9553, proveniente de Guangzhou (China), pousou às 21h46 no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, trazendo 3,7 milhões de máscaras modelo N95, no último lote da carga comprada pelo Ministério da Saúde e fretada pelo MInfra. As máscaras N95, mais indicadas para proteger profissionais de saúde expostos ao novo coronavírus, foram transportadas em aeronave de passageiros Boeing-777. Além do porão da aeronave, a cabine foi adaptada para receber as 5.880 caixas com o produto.
Para auxiliar no enfrentamento à pandemia da Covid-19, o Ministério da Infraestrutura desenvolveu, ainda em março, um plano de logística e distribuição, em apoio ao Ministério da Saúde e aos governos estaduais e municipais. O plano nacional abrangeu ações para viabilizar a chegada do material importado, articulação com órgãos governamentais que atuam nos aeroportos para prioridade no desembaraço aduaneiro e apoio na distribuição dos equipamentos nos estados.
Em abril, após realizar cotação internacional e definir o menor preço, o Ministério da Infraestrutura fechou parceria com a Latam Airlines. A empresa, por sua vez, desenvolveu uma logística especial e passou a voar com destino à China pela primeira vez na história do grupo, preparando as aeronaves e equipes para essa megaoperação, que cruzou 11 fusos horários diferentes. O primeiro voo com máscaras chegou a Guarulhos em 6 de maio.
Mais de 300 colaboradores da companhia foram responsáveis por essa operação. Em terra e no ar, mecânicos, pilotos e copilotos, despachantes operacionais, funcionários de carga, coordenadores, planejadores e supervisores cruzaram os céus para abastecer o Brasil em meio à pandemia.
As 1,2 mil toneladas de insumos foram dispostas em 146.661 caixas, que poderiam preencher, até a borda, cinco piscinas olímpicas. As aeronaves percorreram cerca de 1,9 milhão de quilômetros, cinco vezes a distância entre a Terra e a Lua. Xangai, Guangzhou, Xiamen – todas na China –, Amsterdã (Holanda), Auckland (Nova Zelândia), Santiago (Chile) e São Paulo foram alguns dos destinos utilizados para escalas e pousos no percurso desses voos. Foram necessárias 2.550 horas de voo, o equivalente a 106 dias inteiros no ar.
As cinco aeronaves modelo Boeing 777-300ER utilizadas em revezamento pela Latam na megaoperação com o Governo Federal foram originalmente projetadas para o transporte de passageiros. Contudo, tiveram seus interiores repensados e adaptados para o transporte das máscaras. Com isso, a companhia conseguiu utilizar não somente os porões das aeronaves, mas também as suas cabines de passageiros para acomodar as cargas sobre os assentos, entre as poltronas e nos compartimentos tradicionalmente dedicados à bagagem de mão.
Raio-x dos 39 voos (de 6 de maio a 19 de julho):
• 39 voos realizados em parceria
• 240 milhões de máscaras trazidas ao Brasil
• 146.661 caixas (1,2 mil toneladas) – poderiam preencher, até a borda, cinco piscinas olímpicas
• 300 colaboradores (as) envolvidos (as)
• Equipes formadas por mecânicos (as), despachantes operacionais, pilotos, copilotos, supervisores, coordenadores, planejadores, funcionários (as) de carga e apoio em solo
• 2.550 horas voadas – equivalentes a 106 dias inteiros no ar
• 1,9 milhão de quilômetros percorridos – cinco vezes a distância entre a Terra e a Lua
• 5 aeronaves modelo B777-300ER 100% adaptadas para o transporte de cargas
• Mais de 11 fusos horários diferentes percorridos
• Destinos utilizados para pousos e escalas: Xangai, Guangzhou, Xiamen, Amsterdã, Auckland, Santiago e São Paulo