Após um ano de dedicação à agenda ESG e fortalecimento das práticas ambientais, sociais e de governança, o BH Airport acaba de se tornar o primeiro aeroporto neutro em carbono do Brasil.

A conquista foi possível depois que o aeroporto, que já havia sido certificado em nível 2 pelo ACA, atendeu a todos os requisitos necessários da certificação no nível 3 (que trata do engajamento dos parceiros), e obteve a certificação de nível 3+, que atesta que o aeroporto cumpre com todos os requisitos anteriores e, além disso, faz a compensação das emissões residuais sobre as quais o aeroporto tem controle com créditos de carbono de alta qualidade.

“Essa conquista mostra o nosso compromisso efetivo com a sustentabilidade, sobretudo no que tange às ações de descarbonização gradativa, com objetivos e metas claras para alcançar a neutralidade das emissões de carbono. Nas últimas semanas já tínhamos recebido o selo de Aeroporto Verde e tudo isso fomenta a nossa posição de aeroporto mais sustentável do país”, ressalta o diretor-presidente do BH Airport, Daniel Miranda.

O ACA possui seis níveis de certificação e é o único programa global de acreditação e gerenciamento das emissões de carbono em aeroportos. O nível obtido pelo BH Airport envolve a gestão das emissões do aeroporto e sua progressão em direção a uma operação de baixo carbono. Além disso, trata do engajamento dos parceiros e neutralização da pegada residual, por meio da compra de créditos de carbono de alta reputação no mercado.

Para que a neutralidade de carbono fosse uma realidade no aeroporto, Daniel explica que foi preciso adotar procedimentos eficazes de gestão de carbono, assim como desenvolver projetos sustentáveis e que possam mitigar os impactos da operação. Nesse sentido, vale ressaltar a utilização de energia elétrica de fonte 100% renovável, garantida por meio da certificação REC (Renewable Energy Certificate). A iniciativa contribuiu para uma redução de 731 toneladas de carbono equivalente em 2022.

O BH Airport também investiu na implantação do projeto 400Hz (energia elétrica) + PCA (ar-condicionado para aeronaves). O projeto consiste em acoplar nas pontes de embarque equipamentos para fornecimento de energia elétrica de fonte renovável e ar condicionado às aeronaves durante os serviços de solo. Até então, eram utilizados o querosene de aviação e os geradores à diesel. Hoje, Azul, Latam e Gol contam com a solução, que está disponível em 20 posições no pátio do aeroporto. Essa iniciativa evitou a emissão de 480 toneladas de carbono equivalente na atmosfera em 2023.

O Terminal de Cargas do aeroporto ainda passou a contar com empilhadeiras elétricas, em substituição aos equipamentos convencionais movidos a GLP e diesel. No total, a redução das emissões de carbono já acumulou mais de 4 mil toneladas, o que representa 57% das emissões que o BH Airport registrava no ano base, em 2017.

São 557 aeroportos certificados no mundo; 77 na América Latina e Caribe, sendo cinco no nível 3+, incluindo o BH Airport. Há apenas um no nível 4 – o El Dorado Airport, na Colômbia. O Brasil conta com oito aeroportos certificados: Floripa Airport, Vitória Airport, Macaé Airport, Aeroporto Internacional de Brasília, Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro RIOgaleão e Aeroporto Santos Dumont (nível 1); Salvador Airport (nível 3) e BH Airport (nível 3+).

“É uma satisfação conceder a certificação ACA níveis 3 e 3+ ao BH Airport, membro que tem feito um excelente trabalho na gestão de suas emissões”, ressalta o diretor-geral de ACI-LAC, Rafael Echevarne. “É importante destacar também que este é um marco da indústria aeroportuária no Brasil, pois o BH Airport é o primeiro aeroporto no país a não apenas reduzir suas emissões diretas e envolver parceiros no compromisso com a sustentabilidade, mas compensar as emissões restantes”, pontua. “A ACI-LAC espera que este seja um incentivo ao setor no Brasil e em toda região”, finaliza Echevarne.

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