Segundo o mais recente Global Market Forecast, a Airbus prevê uma demanda para cerca de 24.300 aviões novos para passageiros e cargueiros de hoje até 2026, avaliados em 2,8 trilhões de dólares. Isto deverá criar entregas anuais médias de cerca de 1.215 aviões, contra 1.130 previstos no GMF anterior. Essa demanda vai provocar a necessidade de aviões mais eco-eficientes e com menor consumo para atender ao crescimento de tráfego e para substituir aviões antigos. Em 2026, o consumo de combustível médio da frota mundial deverá alcançar a 3 litros por 100 passageiros-quilômetros, ou o mesmo oferecido hoje pelos A380.
O tráfego de passageiros deverá crescer a uma média anual de 4,9%, levando a um aumento de demanda de aproximadamente três vezes em relação ao atual, mesmo considerando-se efeitos cíclicos do setor. Parte do crescimento será absorvido por maiores taxas de ocupação, assim como por aviões maiores e por mais freqüências. Ainda assim, as frotas das empresas mundiais vão mais que dobrar a quantidade de aviões de passageiros acima de 100 lugares, dos 13.300 hoje existentes para 28.550 em 2026. Este aumento juntamente com a projeção de reposição de 8.150 aviões antigos, significa adicionar um total de aproximadamente 23400 novos aviões no valor de 2,6 trilhões de dólares.
A carga aérea deverá crescer ainda mais rápido, atingindo uma taxa anual de 5,8% em toneladas.quilômetros. Isto, junto com a renovação das frotas, vai criar uma demanda para 3.800 aviões cargueiros, sendo 900 deles fabricados novos, no valor de 200 bilhões de dólares.
“O transporte aéreo é definitivamente uma indústria de crescimento que contribui para o desenvolvimento econômico e que gera riquezas em todo o mundo”, disse John Leahy principal diretor operacional de Clientes da Airbus. “Temos o compromisso de sermos um elemento chave nessa indústria eco-eficiente, fornecendo os produtos tecnologicamente mais avançados e com uma abordagem de ciclo completo de vida”.
A maior demanda para aviões de passageiros virá da região Ásia-Pacífico, que corresponderá a 31% do total. Em seguida virão a América do Norte (27%) e Europa (24%). Mercados emergentes também terão peso na demanda de aviões. A China e a Índia permanecerão como as maiores deste segmento, mas a Airbus prevê que 30 outras economias emergentes, incluindo Argentina, Brasil, África do Sul e Vietnam, que terão uma população combinada de quase 3 bilhões de pessoas, vão se destacar em 2026.
A Airbus projeta que as populações das megacidades vão continuar a crescer, o que levará inevitavelmente a uma maior concentração da demanda. Esta tendência vai resultar em mais congestionamentos. Uma solução desse crescente problema vai ser naturalmente o uso de aviões maiores em todas as categorias. No final de 2006, 77% de todo o tráfego de passageiros de longa distância já era operado a partir dos 32 maiores centros de tráfego existentes para vôos ponto a ponto de grande importância.
A crescente demanda por transporte aéreo, as restrições de infraestrutura e a diferenciação através de conforto terão um papel maior no período. Neste contexto, a Airbus prevê uma demanda para cerca de 1.700 aviões muito grandes (VLA) com mais de 400 lugares, como o A380. Este total corresponde a um montante de 527 bilhões de dólares, representando 19% do valor total dos aviões de passageiros e cargueiros previstos para o período e 7% em unidades. Destes, 1.300 serão aviões de passageiros representando 16% do valor total e 400 serão cargueiros com capacidade para transportar acima de 120 toneladas de mercadorias. Em 2026 quase 2/3 de todos os VLA vão servir 32 mega-centros, com a região Ásia-Pacífico na frente com mais de 700 aviões dessa classe, ou 56% da demanda do mundo. Doze dos vinte maiores aeroportos para VLA serão localizados naquela região.
A demanda para aviões de fuselagem larga com capacidade de 250 a 400 passageiros vai continuar a cresce fortemente, com 6.000 entregas previstas nas duas próximas décadas, incluindo cargueiros. Este total corresponde a um valor de 1,162 trilhões de dólares, sendo 41% do total em calor e 25% em unidades. A demanda para aviões de 250 a 300 lugares deverá totalizar 4.000 novas unidades. Outros 2.000 aviões de fuselagem larga com tamanho intermediário e com 350 a 400 lugares também serão necessários. Hoje, esse segmento é bem servido com a família A330/A340, indo do A330-200 para 250 passageiros ao A340-600 com 380 lugares. A partir de 2013, a família A350XWB vai cobrir todo esse segmento de mercado.
Mais de 16.600 aviões, ou 68% das entregas a serem feitas nos próximos 20 anos, serão de corredor único. Com valor de 1,14 trilhões de dólares, este segmento representa 40% do mercado em valor. A demanda para estes aviões será em grande parte na América do Norte (32%), seguida pela Ásia-Pacífico (26%), Europa (25%) e o resto do mundo (17%).
O Global Market Forecast da Airbus oferece uma análise detalhada do desenvolvimento do transporte aéreo mundial, cobrindo cerca de 300 diferentes fluxos de passageiros, assim como a evolução das frotas mundiais ao fim de cada ano, através da análise dos aviões de aproximadamente 700 empresas aéreas de passageiros e 177 operadores de carga nos próximos 20 anos. Através desse processo, a projeção cobre a demanda de passageiros desde o mercado regional até o maior avião hoje existente, o A380.
FONTE: Aviação Brasil – Assessoria de Imprensa – São Paulo/SP