O Centro de Manutenção da TAM (MRO), localizado em São Carlos (interior de São Paulo), comemorou 15 anos neste último mês de fevereiro com números relevantes e marcas expressivas, a começar pelo aporte no período: foram R$ 270 milhões investidos em instalações, treinamentos e equipamentos. Durante este tempo, o MRO executou cerca de dois mil checks (manutenção) em aeronaves como os da família Airbus A320 (A319, A320, A321), Airbus A330, Boeing 767, Embraer ERJ 170 – 190, Fokker 100, ATR 42, ATR 72 e FAB 2101. Ao todo, foram quase 500 mil componentes revisados, tais como poltronas, componentes elétricos, eletrônicos, hidráulicos e pneumáticos, por exemplo. A depender da idade e do tempo de voo da aeronave, os checks podem durar de 4 a 34 dias, período em que os mecânicos podem executar até 1,3 mil tarefas de manutenção, aproximadamente.
Os 15 anos também foram marcados por constantes certificações dos mais exigentes órgãos de fiscalização do mundo, que atestaram a excelência do serviço prestado. Além da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), outras 12 autoridades aeronáuticas do mundo, como a americana FAA (Federal Aviation Administration), a europeia EASA (European Aviation Safety Agency) chancelam os checks realizados no MRO. Isso significa que, além de aeronaves com prefixo brasileiro, o centro de manutenção da TAM está apto a realizar a manutenção de aviões de outros países.
Atualmente, o local é responsável por realizar 45% das manutenções das 323 aeronaves do Grupo LATAM. Em 2015, o centro realizou 225 checks, dos quais foram revisados mais de 48 mil componentes, que demandaram 420 mil peças novas. Cenário bastante distinto daquele de 15 anos atrás, quando foram realizados apenas 28 checks durante o ano em apenas um hangar. Para 2016, a expectativa é que o centro aumente em 9% a sua capacidade operacional, possibilitando 20 checks de aeronaves a mais, na comparação com o ano passado. Para isso, a empresa investiu R$ 10 milhões na construção de seu quinto e sexto hangares, além de um constante trabalho de melhoria contínua e qualidade das atividades.
“A relevância estratégia do trabalho do MRO cresce ano a ano por conta da capacidade do time promover a segurança nas operações por meio de uma manutenção eficiente, ações inovadoras e uma consistente capacitação dos funcionários”, diz Sergio Novato, diretor-sênior de Manutenção da TAM.
Estruturalmente, o complexo de manutenção possui área equivalente a 425 campos de futebol – 4,6 milhões de metros quadrados, dos quais 65 mil metros quadrados são de área construída –, composto por hangares e mais 24 oficinais, nos quais os técnicos executam trabalhos que envolvem alta tecnologia, como reparo, revisão e teste de componentes de eletrônica, hidráulica, trem de pouso, pneumática, reversores, entre outros.
São, ao todo, 1,3 mil funcionários diretos que, em 2015, passaram por mais de 75 mil horas dos mais diversos tipos de treinamentos, desde capacitações técnicas de aeronaves e componentes até aulas de inglês dentro da companhia, por exemplo. O time está, inclusive, preparado para executar a manutenção de 40 componentes do Airbus A350 XWB, a primeira aeronave do tipo nas Américas. Outra frente que o MRO trabalha é na gestão de projetos e ideias que, no ano passado, implementou 31 projetos e 279 ideias de melhoria e ganho em eficiência. Com isso, a empresa deixou de gastar (“saving”) R$ 24 milhões. “Alcançamos altos níveis de eficiência e excelência, apesar das especificidades do trabalho, por meio de um grande esforço em gestão, construção da cultura de melhoria contínua e capacitação de funcionários”, diz Alexandre Peronti, diretor do MRO.
Além do MRO em São Carlos, o Grupo LATAM ainda possui um centro de manutenção em Santiago, responsável por 25% dos checks das aeronaves do Grupo. O restante das aeronaves, 30% da frota, passa por manutenção em MRO externos, qualificados pelas áreas de Qualidade do Grupo LATAM.
Durante os anos de atividade, o MRO alcançou a certificação de seu trabalho pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e outras 12 autoridades aeronáutica do mundo, como a americana FAA (Federal Aviation Administration), a europeia EASA (European Aviation Safety Agency) e TCCA (Transport Canada Civil Aviation). Dessa forma, além de aeronaves com prefixo brasileiro, o centro de manutenção da TAM está apto a realizar a manutenção de aviões de outros países.
Para tornar ainda mais competitivo internacionalmente o serviço de manutenção, no entanto, o MRO espera que a internacionalização do aeroporto de São Carlos aconteça em breve, impactando na redução dos custos adicionais gerados pelas restrições do aeroporto local.