A fabricante de aeronaves Bombardier, rival da brasileira Embraer, anunciou hoje o nome da OceanAir como sua representante no Brasil para a venda e manutenção de suas linhas de jatos executivos. O negócio rompe de vez a parceria entre a Bombardier e Target, empresa de táxi aéreo de propriedade de Antonio Celso Cipriani, ex-presidente da falida Transbrasil, antiga representante no Brasil da empresa canadense.
Sem comentar a existência de possíveis problemas com a Target, o vice-presidente de vendas internacionais da divisão de jatos executivos da Bombardier, Jahid Fazal-Karim, disse que a empresa pretende ampliar sua participação no mercado brasileiro.
“Queremos nos posicionar no Brasil para ser a principal opção em jatos executivos.”
Fazal-Karim espera que a parceria com a OceanAir amplie a participação da Bombardier no mercado de jatos executivos. A empresa possui hoje 33% deste mercado.
Segundo ele, o Brasil possui a terceira maior base instalada de jatos executivos do mundo. Dos 250 jatos da Bombardier em operação na América Latina, 80 estão no Brasil.
Para vender os jatos da Bombardier no Brasil, o presidente da OceanAir, German Efromovich, pretende mostrar que os aparelhos são mais do que “brinquedos de luxo”. “Não é brinquedo de menino rico. É uma ferramenta fundamental para o trabalho.”
O preço desta ferramenta de trabalho varia de US$ 7,5 milhões (Learjet) a US$ 45 milhões, o valor do Global, um dos jatos mais luxuosos da Bombardier.
Efromovich disse que espera vender US$ 100 milhões em novos jatos para a Bombardier em 2004.
Centro de manutenção
A OceanAir também está investindo na parceria com a parceria. A companhia pilotada por Efromich vai investir US$ 15 milhões na construção de um centro de manutenção para jatos executivos.
Este investimento –que será feito em três anos– será aplicado tanto nas áreas de comercialização como no suporte de pós-vendas dos jatos executivos da Bombardier.
A área comercial da OceanAir ficará responsável pela promoção e vendas dos jatos executivos da Bombardier e também pelo fretamento de aeronaves.
Uma terceira área cuidará da operacionalização da frota própria da OceanAir e de outras empresas.
FONTE: FABIANA FUTEMA, Folha Online – Fernando Valduga, Aviação Bras – Porto Alegre/RS