Os vôos nos aeroportos de Confins, Pampulha, Lagoa Santa e Carlos Prates, de Belo Horizonte, estão ainda mais seguros. Um sistema, o APP, inaugurado este mês, e que opera a partir das instalações localizadas em Confins, integra informações de radar, planos de vôo, dados meteorológicos e outras comunicações. Desde o início desse semestre, o novo sistema funcionava em paralelo ao antigo. A modernização do centro
faz parte da iniciativa de modernização permanente do sistema de proteção ao vôo do
Comando da Aeronáutica.
O APP integra um complexo sistema de gerenciamento de tráfego aéreo e coordena e
controla o movimento de aeronaves no espaço aéreo em torno de um ou mais aeroportos. A tecnologia empregada é integralmente brasileira, desenvolvida e testada pela Atech Tecnologias Críticas, empresa 100% nacional — que também foi a responsável pela instalação dos equipamentos.
Segundo o coordenador de projeto da Atech, Laércio Dalmolin, o contrato com a empresa — que teve duração de dois anos –, consistiu da substituição do sistema utilizado e modernização de outros aplicativos. Com a mudança, os operadores contam hoje com sistema de última geração para melhor visualizar e gerenciar o espaço aéreo.
O novo programa está integrado a dois radares (Confins e Três Marias), podendo ser conectado até oito radares, dependendo da disponibilidade de equipamentos. A solução desenvolvida pela Atech para o APP está presente nos controles de aproximação dos principais centros do País como Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Pirassununga e
Manaus, gerenciando as operações de chegada, saída e sobrevôo de aeronaves.
“O salto tecnológico para nós foi muito grande. O sistema de visualização ficou muito melhor e isso contribui muito com os nossos operadores”, afirma o Major Marley de Oliveira Dias, comandante do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de
Belo Horizonte.
O Major Marley , que também é piloto, explica que o serviço ficou mais ágil na parte operacional. “Hoje, podemos confeccionar os relatórios. Antes, tínhamos que ouvir as fitas e transcrever as mensagens. Este sistema também grava as imagens das aeronaves no monitor – o que contribui muito para descrever um eventual incidente”, ressalta. “São inúmeras as vantagens e com certeza traz muito mais segurança para os vôos na região”, completa.
Com mais de 30 anos de experiência no setor de controle de tráfego aéreo, o 1º tenente Valdir Leite da Cunha, conta que trabalhou com o primeiro equipamento de controle do tráfego aéreo usado no Brasil em 1970. Ele avalia que de lá para cá o
setor passou por uma grande transformação e considera que o sistema utilizado agora em Belo Horizonte é altamente avançado e confiável. “É um sistema de ponta e ressalta a importância do País em ter o domínio dessa tecnologia. Isso traz mais
segurança e proporciona mais conforto e confiança aos operadores de vôo”, afirma.
ATECH – Fundada em 1997, a Atech é líder em fornecimento de soluções tecnológicas e em desenvolvimento de sistemas que não podem falhar. São soluções voltadas para tomada de decisões e redução de custos. A empresa é reconhecida no mercado por produzir e integrar tecnologias críticas de extrema importância para a segurança e desenvolvimento do país.
No setor aeronáutico, a empresa também desenvolve os sistemas que controlam mais de
80% do tráfego aéreo brasileiro. É a única empresa na América do Sul a desenvolver e integrar soluções para o controle e defesa do espaço aéreo e a pertencer a um seleto e pequeno grupo de empresas do mundo neste segmento.
Além da sede em São Paulo, a empresa mantém unidades no Brasil nas cidades de Manaus e Brasília e a subsidiária AmazonTech, em Boston (EUA).
FONTE: Aviação Brasil / Rossi – Valéria Rossi – São Paulo/SP