O vice-presidente da República e ministro da Defesa, José Alencar, descartou nesta sexta-feira uma possibilidade de intervenção na Varig, um dia após ter cogitado a hipótese.
“O Estado não deseja fazer nenhuma intervenção. O que o governo deseja é uma solução de mercado para a Varig através de entendimentos negociais da empresa com novos candidatos”, disse Alencar a jornalistas após palestra na Escola de Comando e Estado Maior do Exército, no Rio de Janeiro.
O ministro disse que a proposta de intervenção na companhia foi defendida por um grupo de deputados e senadores que visitou seu gabinete na quinta-feira em Brasília. Ele informou que o governo aguarda um entendimento entre a Varig e grupos que têm interesse em ficar com o controle da companhia aérea.
“Há determinadas empresas que são candidatas a adquirir o controle da Varig. O governo não faz negócio, só pode abençoar um bom negócio que seja de interesse nacional. As empresas estão negociando com a Varig. Se chegarem a bom termo, obviamente o DAC (Departamento de Aviação Civil), o Ministério da Defesa e o governo irão examinar as condições”, disse o ministro, sem esclarecer quais empresas.
O grupo português Pestana anunciou esta semana que quer comprar participação de 20% na Varig, desde que tenha direito à gestão do negócio.
Entretanto, Alencar informou que o governo desconhece uma proposta oficial da companhia de Portugal. “Apenas ouvi falar, mas nunca fiz nenhuma reunião com o grupo.”
O ministro disse que ainda não nomeou o administrador na Vasp porque não foi comunicado oficialmente pela Justiça que a companhia está sob intervenção. Na quinta-feira, a Justiça do Trabalho de São Paulo determinou por meio de medida liminar o afastamento de toda a direção da empresa e nomeou a União como interventora pelos próximos 12 meses.
FONTE: Aviação Brasil / Reuters Investor – Reuters Investor – São Paulo/SP