A Air Canada, maior companhia aérea do país, entrou nesta terça-feira com pedido de concordata na Justiça canadense. Trata-se de uma medida de proteção, que tem validade até o dia 1o de maio próximo, e que permite a companhia manter suas operações.
Neste tempo, a Air Canada terá de negociar junto aos seus credores dívida de quase 13 bilhões de dólares canadenses –ou 8,8 bilhões de dólares norte-americanos. Na segunda-feira, o governo canadense já havia anunciado que não pretendia dar ajuda financeira à empresa. “Eu não acho que o fato de eles terem pedido concordata signifique que o governo lhes estenderá a mão”, informou à Reuters uma fonte do governo. A Air Canada argumentou ao Tribunal de Toronto que não conseguirá sair da concordata se não adequar seus custos às “novas realidades econômicas dos mercados em que opera.” Apesar da situação delicada, a Air Canada anunciou ainda que conseguiu financiamento de 1,05 bilhão de dólares canadenses com a GE Capital Canada, o que permitirá a empresa continuar voando sem interrupções. Esse novo aporte, segundo a companhia aérea, não tem nenhuma ligação com obrigações anteriores. A Air Canada tinha 558 milhões de dólares canadenses em caixa no final do ano passado.
Analistas estimam que a companhia esteja utilizando 2 milhões de dólares canadenses por dia dessas reservas, na tentativa de fazer frente à queda na demanda. A empresa canadense tem 40 mil funcionários e uma frota de 357 aeronaves.
As rotas fornecidas pela Air Canada incluem as principais linhas domésticas do país, além de ser a principal forncedora de rotas internacionais do país.
FONTE: Aviação Brasil – Fernando Valduga – Porto Alegre/RS