O mercado aéreo de carga, aquecido após uma série de novas encomendas de cargueiros, registrará um crescimento expressivo nos próximos 20 anos. Neste período, a Boeing prevê que o tamanho da frota mundial de carga dobrará de 1.760 para 3.530 aeronaves.

Esta é uma das principais avaliações do mais recente estudo anual da Boeing Commercial Airplanes, o Current Market Outlook, já disponibilizado no website da companhia.

De acordo com o estudo, 2.870 cargueiros entrarão na frota mundial até 2024 e 1.100 aviões serão removidos, resultando em um ganho líquido de 1.770 aviões.

Cargueiros de todos os tamanhos responderão por mais da metade da capacidade total de carga no mundo, em um ligeiro aumento em comparação aos dados atuais. No entanto, a representação dos cargueiros em termos de porcentagem na frota total mundial de aviões diminuirá de 10,5% para 10%, devido ao aumento do tamanho médio dos cargueiros.

“A previsão geral é ligeiramente mais alta que o panorama traçado no ano passado, com aproximadamente 100 aviões adicionais em relação à projeção anterior”, declarou Jim Edgar, diretor regional de Marketing de Carga para a Ásia. “As operadoras estão cada vez mais procurando cargueiros grandes, especialmente os modelos 747 e 777, pois eles oferecem eficiência e alcance incomparáveis.”

A participação de mercado dos grandes cargueiros deve aumentar para de 47% para 64% da frota. Aproximadamente 60% dos cargueiros que se juntarão à frota são de fuselagem larga (widebodies).

A participação dos cargueiros de fuselagem padrão decrescerá de 53% para 36% nas próximas duas décadas, em parte devido à preferência das operadoras, como as de entregas expressas, por widebodies médios para substituir os cargueiros mais antigos de fuselagem padrão.

Em 2024, 720 novos cargueiros entrarão na frota, representando aproximadamente 25% do crescimento total, e o restante serão conversões de aeronaves de passageiros para cargueiros. Apesar de os novos aviões representarem uma minoria na atual frota mundial, muitas companhias aéreas preferem as vantagens técnicas, a confiabilidade e a economia de combustível dos novos aviões. Metade destas novas aeronaves estará na categoria dos grandes cargueiros, com mais de 65 toneladas.

“Em 2004, presenciamos a total recuperação pós 11 de setembro, em um ano de expressivo crescimento”, declarou Tom Crabtree, diretor regional de Marketing de Carga da Boeing para a Europa e Rússia. “Mesmo que este índice não se sustente por muito tempo, ele oferece a base para a evolução de longo prazo que prevemos.

“Em 2005, o crescimento diminuiu um pouco, o que não é surpreendente se considerarmos os níveis de 2004”.

O valor da nova produção de cargueiros que entrarão no mercado nos próximos 20 anos totaliza US$ 155 bilhões, representando um aumento em relação à última previsão da Boeing, mais uma vez devido à maior preferência por aviões maiores.

“Um forte crescimento deverá ocorrer na Ásia”, disse Tom Hoang, diretor regional de Marketing de Carga para as Américas e China . “A China, particularmente, é uma área em que a jovem indústria de carga aérea vem registrando altos índices de crescimento, na faixa de 10% ao ano”.

Atualmente, a Boeing fornece mais de 90% da capacidade de carga mundial. Este percentual deve continuar estável, uma vez que a grande maioria das conversões será feita em aviões da companhia. A Boeing oferece uma família completa de cargueiros, incluindo versões cargueiras do 747, do 777, do 767 e do 737. Além disso, a companhia oferece conversões dos jatos 747, MD-11, DC-10, 767, 757 e 737.

FONTE: Aviação Brasil – Assessoria de Imprensa – São Paulo/SP

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