A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Crise Aérea agendou seis depoimentos para esta semana, entre eles os do presidente da TAM, Marco Antonio Bologna; e do representante da Airbus no Brasil, Mário Sampaio. Eles deverão prestar esclarecimentos sobre o avião Airbus A-320 da TAM que explodiu no último dia 17, no aeroporto de Congonhas (SP), matando cerca de 200 pessoas. Eles serão ouvidos na quinta-feira (2), às 9 e às 14 horas, respectivamente.

O deputado Vic Pires Franco (DEM-PA), que requisitou a convocação do representante da Airbus, lembrou que a TAM admitiu a existência de um defeito no reverso da turbina direita do avião acidentado. A companhia informou que, pelo manual da Airbus, mesmo apresentando o problema técnico, o avião poderia ser liberado para voar por até dez dias. O deputado ressaltou, porém, que a recomendação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) é de que os reversos sejam usados em potência máxima nos pousos em pista molhada.

Na quarta-feira (25), a Airbus enviou a companhias aéreas uma nota em que orienta os pilotos sobre os procedimentos corretos para pousar o modelo A-320 sem um dos reversos. A empresa informou que, nesses casos, é necessário posicionar as alavancas que controlam a aceleração (manetes) em ponto morto. A Airbus disse que ainda não sabe se as alavancas do avião que explodiu estavam na posição correta.

Na manhã de terça-feira (31), a CPI ouvirá o diretor-presidente da Pantanal Linhas Aéreas, Marcos Sampaio Ferreira. Um avião da companhia derrapou na pista de Congonhas no dia anterior ao acidente com o Airbus da TAM.

Na terça-feira à tarde, serão ouvidos o superintendente de Empreendimentos de Engenharia da Infraero, Armando Schneider Filho, e o presidente da Infraero José Carlos Pereira. O novo depoimento de Pereira foi sugerido pelo relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), com o objetivo de obter informações sobre os procedimentos adotados pela Infraero para esclarecer as causas e as responsabilidades do acidente ocorrido no último dia 17.

O deputado Pepe Vargas (PT-RS), que requisitou o depoimento de Schneider, ressaltou que o setor de Empreendimentos de Engenharia é responsável, entre outras atividades, pela contratação e acompanhamento de obras nas pistas dos aeroportos. O deputado afirma que a presença dessa autoridade é necessária devido à hipótese de que a pista do aeroporto de Congonhas tenha sido entregue sem as condições ideais após as obras de reforma.

Na quarta-feira (1º), às 11 horas, ocorrerá o depoimento do comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Juniti Saito. Após o depoimento de Saito, os deputados do Psol Ivan Valente (SP) e Luciana Genro (RS) vão decidir se colocam em pauta o requerimento para realização de uma acareação entre autoridades federais e os presidentes da TAM e da Gol.

FONTE: Agência Câmara – Redação – São Paulo/SP

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