As caixas-pretas do avião egípcio que caiu no mar Vermelho neste mês mostraram que o aparelho não foi atacado, disse o chefe das investigações na terça-feira.
Mas a gravação das vozes na cabine dos pilotos, que contém 30 minutos de conversas, estava ruim e não ficou claro qual o problema que derrubou o Boeing 737, no qual viajavam 148 pessoas, entre as quais 133 turistas franceses. Todos morreram.
“A primeira coisa que analisamos foi se havia qualquer possibilidade de ter ocorrido uma explosão. E essa possibilidade não há. Por isso podemos dizer, de forma definitiva, não ter se tratado de um ato terrorista”, afirmou à Reuters Shaker Qilada, responsável pelas investigações.
“E posso dizer-lhes que nós, com base na gravação das conversas, ainda não temos nenhuma pista sobre algum defeito”, acrescentou.
Segundo Qilada, a colisão resultou, certamente, de uma “falha técnica”, um termo que inclui problemas mecânicos e erros do piloto.
“Assim, trata-se aqui do que chamamos de um acidente clássico. Não de trata de um acidente anormal. Vamos investigar a máquina e o fator humano”, explicou.
O avião caiu no mar perto da cidade egípcia de Sharm el-Sheikh nas primeiras horas no dia 3 de janeiro.
Autoridades suíças disseram, depois do desastre, ter proibido a companhia responsável pelo aparelho, a Flash Airlines (do Egito), de entrar no espaço aéreo do país por causa de problemas de segurança nos aviões dela.
As autoridades egípcias afirmaram não ter sido informadas sobre qualquer proibição ou violações da empresa. Segundo a Flash Airlines, a medida adotada pela Suíça é resultado de uma disputa comercial.
FONTE: Reuters – Fernando Valduga – Porto Alegre/RS