As companhias aéreas nacionais e internacionais que operam no País estão ampliando as freqüências de vôos que partem do Brasil. No mínimo, cada companhia deverá acrescentar um vôo semanal a suas rotas. A demanda de passageiros e o trânsito crescente de executivos estrangeiros no País são os principais incentivos.

De acordo com o Departamento de Aviação Civil (DAC), o market share de vôos internacionais é liderado pela Varig com 79,8%, seguida pela TAM , com 18,1% e a Gol com 1,9%. A Varig irá inaugurar um vôo para a China até o fim do ano. As operações para a Ásia deverão ser por meio de code share (código compartilhado) com a companhia Air China e, a partir de 14 de janeiro de 2006, de mais opções de vôos em conexões para o Japão, via Estados Unidos e Europa, também pelo sistema de compartilhamento de aviões com outras empresas aéreas.

Segundo o vice-presidente comercial da Varig, Marcelo Bottini, a ligação para a China irá proporcionar a ampliação das relações comerciais entre os dois países. “A alteração no sistema de vôos faz parte do plano de reestruturação da companhia”, diz o executivo.

Outra empresa que está com planos de novos vôos é a TAM , que estréia o vôo para Nova York dia 10 de novembro. Além disso, a TAM começa a operar no dia 18 uma nova freqüência internacional, ligando Recife a Paris. A TAM planeja lançar também um vôo de Manaus a Caracas (Venezuela), até o final do ano.

Recentemente, a TAM anunciou o início da operação de um vôo direto de Florianópolis a Buenos Aires.

A Gol deverá, entre este e o próximo, ano chegar a Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), Montevidéu (Uruguai), Assunção (Paraguai), além de Rosário e Córdoba (Argentina). Em agosto a companhia investiu na compra de 40 aeronaves 737-700 e 737-800, para ampliar o atendimento para freqüências nacionais e em países da América do Sul. Com as novas opções de compra, o pedido total da companhia aérea brasileira à Boeing sobe para 100 aeronaves, que devem ser entregues até o ano de 2010. O negócio foi estimado em US$ 6 bilhões, o maior, da história da Boeing, com uma companhia da América Latina.

A OceanAir deverá, no primeiro semestre do próximo ano, voar para Peru, Equador e Paraguai. De acordo com Renato Pascowicht, diretor comercial, a intenção da companhia é ampliar nos próximos anos sua participação no mercado latino-americano. “O DAC já autorizou a companhia a voar para esses destinos”, diz. A companhia investiu US$ 100 milhões para a aquisição de 29 aeronaves modelos MK-28, antigo Fokker-100. Cerca de 10 novas aeronaves já estão sendo entregues à OceanAir para atender o mercado doméstico. Pertencente ao grupo, a colombiana Avianca deverá até o final deste ano passar de quatro vôos semanais para sete. “A demanda do mercado nacional é crescente”, enfatiza.

A BRA , companhia de vôos fretados, já recebeu autorização do DAC para fazer vôos internacionais regulares para Portugal (Lisboa) e Espanha (Madri). “O início das operações está previsto para março de 2006”, diz Humberto Folegatti, presidente da companhia. A empresa, que já opera cinco fretamentos semanais para a Europa (Portugal), deverá estrear como empresa aérea regular em 21 de novembro deste ano.

A United Airlines terá um vôo a mais entre São Paulo e Washington, capital norte-americana, no final deste mês. “Será o terceiro vôo diário da United do Brasil para os Estados Unidos”, diz o diretor-geral da empresa, Josue Meza. A companhia já opera serviços diários do Rio de Janeiro e São Paulo para Washington e Chicago.

A expansão dos serviços, diz Meza, visa reforçar o sucesso do vôo já existente entre esses dois destinos. De acordo com ele, a Varig, por fazer parte da rede mundial formada pela Star Alliance (composta por outras 11 companhias mundiais), consegue atender a uma maior gama de clientes internacionais também na área governamental, empresarial e de turismo de negócios entre Brasil e Estados Unidos. A ocupação de vôos da United chegou a 82% em setembro. Em volume de passageiros, a companhia cresceu 4,5% no Brasil.

A Copa Airlines chega hoje a 14 ligações semanais entre Brasil e Panamá. Em relação a dezembro de 2004, a Copa dobrou as operações para o mercado brasileiro e duplicou as possibilidades de conexão imediata para 32 destinos na América Central, Caribe, América do Sul e Estados Unidos.

“Hoje operamos no País com duas freqüências por dia e uma aeronave a mais”, conta Alexandre Camargo, diretor da Copa para o Brasil. A Lan faz 15 vôos semanais nas rotas Rio/São Paulo/Santiago e faturou US$ 163,6 milhões em 2004, ante os US$ 83,6 milhões de 2003. A partir de novembro, a Lan começa a operar com a quinta freqüência para Austrália e Nova Zelândia, saindo de Santiago. Segundo João Araújo, gerente comercial da Lan no Brasil, na América Latina a companhia cobre todo o Chile, e as principais cidades do Peru e da Argentina. “A Lan serve, hoje, quase 100 destinos no mundo”, finaliza o gerente.

O presidente da WebJet , Rogério Ottoni, afirmou ontem que a empresa adiou seus planos de expansão em razão da guerra tarifária entre companhias aéreas.

A empresa pretendia adicionar mais uma aeronave e contratar mais 100 pessoas até o fim do ano. Ottoni não prevê novas contratações

FONTE: DCI – Diário Comércio e Indústria – DCI – São Paulo/SP

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