A carta-consulta que desenhará o modelo da empresa a ser formada pela possível associação entre Varig e TAM está sendo elaborada junto com o BNDES. A previsão é de que só em abril de 2004 a situação das duas empresas seja definida, informou o principal executivo da Varig.

“Já estamos em reuniões constantes com o BNDES, ele conhece o business plan de uma nova empresa, ele conhece o contrato de associação ele conhece as entranhas das duas empresas”, disse Luiz Martins, vice-presidente executivo e operacional da Varig, na sexta-feira.

“A carta-consulta pode ser entregue no dia da aprovação do projeto, porque ela foi construída junto (com o BNDES). Ele (o banco) está cansado de saber o que vai estar ali dentro, é só uma formalização, porque todos os aspectos já foram analisados”, disse o executivo.

As declarações de Martins contrariam afirmações do presidente do BNDES, Carlos Lessa, de que a carta-consulta

ainda não teria chegado ao banco. O documento é o ponto de partida para o BNDES estudar a liberação de recursos para projetos.

Martins adiantou que o cronograma entregue ao BNDES junto com o contrato de associação está sendo cumprido, e que em abril de 2004 já deve estar decido qual deve ser o formato da fusão.

“O cronograma está sendo religiosamente respeitado. Após a assinatura do contrato existem etapas que estão sendo cumpridas. Existe uma boa estimativa de que em abril já tenhamos uma configuração final do que vai ser isso, se realmente uma associação, se vai ser vôo independente, ou se o governo vai ajudar”, disse ele.

Mesmo com o encaminhamento do processo para a realização da fusão, Martins disse que essa não é a única solução para resolver os problemas financeiros das duas empresas.

“Sou a favor de resolver o problema do setor da aviação civil no Brasil. A Varig se submeterá a qualquer decisão que o poder concedente tomar”, disse ele. “Esse projeto de associação foi um que apareceu, não quer dizer que não vão aparecer outros”, disse Martins.

A empresa conseguiu o primeiro lucro operacional em anos no terceiro trimestre e prevê fechar 2003 com o melhor lucro operacional em sete anos.

“Estamos numa situação confortável, vamos ter o maior lucro operacional dos últimos sete anos”, afirmou.

FONTE: Valduga – Fernando Valduga via Reuters I – São Paulo/SP

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