O Ministério da Defesa irá propor à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) um plano para que o Brasil possa manter os vôos internacionais mesmo que a crise da Varig se agrave. O ministro Waldir Pires quer realizar uma reunião ainda nesta quinta-feira com a direção da agência e não descartou uma ajuda financeira do governo à companhia aérea.

“A reunião é para propor que o Brasil não perca espaços internacionais. Propor que os aviões voem com segurança e que nós não percamos aviões por falta de pagamentos externos aqui ou ali em arrestos. Vamos propor que os slots [espaços e horários dedicados a cada companhia nos aeroportos] sejam preservados, assegurados”, disse.

Sobre a ajuda financeira, ele disse que ela é possível, mas precisa ser feita dentro da lei e que a empresa precisa de um projeto sério de recuperação. “A posição é que possa existir dinheiro público de forma adequada. Dentro da lei”. Ele lembrou, no entanto, que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) tem limitações para financiar a Varig, já que falta clareza na capacidade operacional da companhia aérea.

“O governo apóia a Varig, que foi um patrimônio de presença do Brasil no mundo. Há um pedaço de tempo muito grande que essas coisas não se resolveram, agravaram-se. O governo só pode gastar dinheiro público na forma da lei. Não pode fazer fora da lei”, disse o ministro sobre a possibilidade do governo ajudar a Varig.

O presidente do BNDES, Demian Fiocca, já afirmou que o banco pode ajudar a empresa, mas desde que haja um plano que possa ser enquadrado dentro das exigências do banco.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil) já afirmaram que o dinheiro público não será investido no resgate da companhia.

Assim como o presidente, Waldir Pires defendeu a possibilidade de que outras empresas façam um aporte na Varig. “Se estiver legal [o governo ajuda]. Se chegar a uma governança da Varig ou do conjunto de empresas que se componham com a Varig para que a bandeira brasileira em todo o comércio de aviação civil do mundo permaneça presente, respeitada. Claro, insisto, o governo fará o esforço que for possível porque é conveniente isso. Do contrário, o prejuízo já está feito.”

FONTE: Folha News – Redação – São Paulo/SP

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