A Sita, empresa especializada em soluções de TI e serviços de comunicação para a indústria de transporte aéreo, anunciou os resultados da décima pesquisa sobre as tendências das empresas aéreas em tecnologia da informação, realizada pela Sita e pela revista Airline Business, chamando a atenção da indústria para colher plenos benefícios da Internet como redução de custos e potencialização de lucros, para compensar a subida do preço do combustível.
Paul Coby, presidente do Conselho de Administração da Sita, disse: “As empresas aéreas foram as primeiras a automatizar todos os processos do seu negócio. A indústria de transporte aéreo se tornou agora a primeira indústria do mundo verdadeiramente acessível pela web. As tecnologias da informação permitiram que as companhias aéreas fizessem maior economia e melhorassem seu serviço depois do 11 de setembro. Mas, nesses tempos de desafio, com o barril de petróleo custando US$130, existem agora necessidades ainda mais urgentes para a tecnologia prover a seus clientes: cortar custos e equipar o staff das empresas aéreas com tecnologia de ponta, para que possam fazer um trabalho melhor.”
“Entre os destaques da pesquisa da qual participaram 121 companhias aéreas, está a média de vendas online – apenas 24% das vendas de bilhetes são realizadas pelo website das empresas. Isso varia – 43%, na América do Norte, e menos que 10%, na África e Oriente Médio. Uma importante fonte de lucro está claramente sendo perdida por essas empresas que não oferecem vendas pela web em um momento no qual a indústria precisa maximizar os resultados dos gastos feitos em tecnologia da informação. A venda online tem ajudado massivamente na redução de custos de distribuição, economizando US$ 2 bilhões para as companhias aéreas na região.”
Coby acrescentou “a adoção da nova tecnologia Web 2.0 pode aumentar as vendas e promover economia, além de oferecer melhor retorno sobre o investimento anual de US$11 bilhões, realizado pela indústria.“
Francesco Violante, presidente da Sita, disse: ”O preço do combustível é uma oportunidade econômica para se insistir em rendimentos adicionais, atuando não como uma empresa aérea tradicional, mas como uma companhia de comércio eletrônico, que oferece todos os tipos de serviço para os 2,3 bilhões de passageiros do mercado globalizado, usando o que há de mais moderno em tecnologia como os aplicativos Web 2.0 e Travel 2.0. Isso pode ajudar enormemente a sustentar previsões de perdas de US$2,3 bilhões este ano.”
Ele citou o exemplo da Ryanair, que agora vende 98% de seus tickets pela Internet e ganha mais de 17% de seus rendimentos online de fontes adicionais, enquanto muitas empresas aéreas estabelecidas ganham menos de 5%.
Desde a primeira pesquisa sobre tendências de tecnologia da informação para companhias aéreas realizada pela Sita em 1999, as empresas aéreas têm investido aproximadamente US$100 bilhões em tecnologia da informação e comunicação. A média percentual de rendimentos em tecnologia da informação para companhias aéreas é agora 2,2. No nível da indústria, isto equivale aproximadamente a US$11 bilhões este ano, o que representa um aumento de 5% sobre o ano passado. Este incremento é visto como o reconhecimento do papel estratégico que a tecnologia da informação tem, gerando rendimentos, ajudando a reduzir custos e a melhorar a prestação de serviços aos clientes, através do auto-atendimento e do gerenciamento de passageiros.
Os principais pontos citados na pesquisa foram redução de custos, 62%; melhoria dos serviços prestados aos clientes, 54%; facilitar novas ofertas de mercado e oportunidades de receita, 45%; e melhorar a produtividade da força de trabalho, 40%.
As áreas que receberam mais investimento incluem serviços e processos para o passageiro, 63%; gerenciamento e operação de aeronaves, 44%; segurança do passageiro, 34%; e segurança de empregados, 21%.
As empresas aéreas estão prevendo que embora apenas 1% dos passageiros use telefone celular para fazer check in hoje, no próximo ano serão 6%, quando metade das empresas aéreas estarão oferecendo o serviço. Essa previsão sugere uma evolução nos dispositivos de celular para auto-atendimento.
As iniciativas de auto-atendimento das empresas aéreas já estão em curso: web check in, 56%; check in via celular, 21%; quiosques de auto-atendimento, 21%; serviços de mudança de viagem online, 25%; e serviço de auto-atendimento para casos de perda de bagagem, 12%.
Oitenta e cinco por cento das companhias aéreas que participaram da pesquisa este ano fornecem agora informações sobre passageiros para os governos dos países, mais de 4% desde o ano passado. Setenta e três por cento das empresas fornecem as informações a menos que cinco governos e os 26% restantes, para seis governos ou mais.
A maioria das empresas aéreas espera dispor de pelo menos um desses serviços a bordo das aeronaves dentro de três a quatro anos: SMS via telefone celular; GPRS (General Package Radio Service) para Blackbery; chamadas de voz sobre IP nos celulares; acesso a Internet nos laptops; acesso a e-mails no laptop; e IM (Instant Messaging) pelo laptop. Mais da metade dos participantes indicaram que estão planejando cobrá-los com anúncios de publicidade.
FONTE: Aviação Brasil – Assessoria de Imprensa – São Paulo/SP