A Airbus anunciou novos planos para adaptar sua força de trabalho global e redimensionar sua atividade de aeronaves comerciais em resposta à crise da Covid-19.
A previsão é que essa adaptação resulte em uma redução de cerca de 15.000 posições de trabalho até a metade de 2021. O processo de informação e consulta com os parceiros sociais começou com o objetivo de alcançar acordos para implementação a partir setembro de 2020.
Negócios que envolvem o setor de aviação comercial caíram cerca de 40% nos últimos meses, com o setor enfrentando uma crise sem precedentes. As taxas de produção de aeronaves comerciais foram adaptadas de acordo com a demanda. A Airbus agradece o apoio do governo que permitiu à Companhia limitar essas medidas de adaptação necessárias. No entanto, como o tráfego aéreo não deve se recuperar para os níveis pré-Covid antes de 2023 e potencialmente até 2025, a Airbus agora precisa tomar medidas adicionais para refletir as perspectivas da indústria após a Covid-19.
Após a análise aprofundada da demanda de clientes que ocorreu nos últimos meses, a Airbus antecipa a necessidade de adaptar sua força de trabalho global devido à Covid-19 em aproximadamente:
• 5.000 posições de trabalho na França
• 5.100 posições de trabalho na Alemanha
• 900 posições de trabalho na Espanha
• 1.700 posições de trabalho no Reino Unido
• 1.300 posições de trabalho em outros escritórios da Airbus em todo o mundo
Esses números incluem as subsidiárias Stelia na França e Premium AEROTEC, na Alemanha. No entanto, os números não incluem as aproximadamente 900 posições de trabalho decorrentes de uma necessidade pré-Covid-19 para reestruturar a Premium AEROTEC na Alemanha, onde agora será implementado o plano de adaptação global.
Os detalhes desse plano de adaptação da Covid-19 precisam ser finalizados com os parceiros sociais.
Embora as ações obrigatórias não possam ser descartadas nesta fase, a Airbus trabalhará com seus parceiros sociais para limitar o impacto desse plano contando com todas as medidas sociais disponíveis, incluindo saídas voluntárias, aposentadoria antecipada e esquemas de desemprego parcial de longo prazo, quando apropriado.
“A Airbus está enfrentando a crise mais grave que esse setor já passou”, afirma Guillaume Faury, CEO da Airbus. “As medidas que tomamos até agora nos permitiram absorver o choque inicial dessa pandemia global. Agora, precisamos garantir que possamos sustentar nossa empresa e emergir da crise de forma saudável como líder aeroespacial global, ajustando-nos aos desafios esmagadores de nossos clientes. Para enfrentar essa realidade, precisamos agora adotar medidas de maior alcance. Nossa equipe de administração e nosso Conselho de Administração estão totalmente comprometidos em limitar o impacto social dessa adaptação. Agradecemos aos nossos parceiros governamentais, que nos ajudam a preservar nossa experiência e conhecimento o máximo possível e têm desempenhado um papel importante na limitação do impacto social dessa crise em nosso setor. As habilidades e competências das equipes da Airbus nos permitirão perseguir nossa ambição de consolidar um futuro sustentável para o setor aeroespacial”.