Passados pouco mais de 23 anos, o cenário das empresas brasileiras mudou e muito. Novas empresas, novas demandas, novos tipos de serviços, passagens mais baratas, concorrências, enfim, o que estamos acompanhando nos últimos anos era um cenário pouco imaginável no final da década de 80.
Naquela época cinco empresas regionais (Brasil Central, Nordeste, Rio Sul, Taba e Tam) e quatro domésticas (Cruzeiro do Sul, Transbrasil, Varig e Vasp) competiam num mercado marcado pelo monopólio das linhas internacionais (Varig/Cruzeiro) e linhas regionais onde as grandes empresas não competiam diretamente com as menores.
O desempenho das empresas no final daquele ano mostrou a competição que havia entre as menores e maiores do setor. Comparado aos dias atuais, podemos afirmar que um número maior de competidores entrou no mercado regional, o doméstico, ano a ano, está ficando mais competitivo, mas no internacional, o domínio que viamos da Varig naquela época é visto hoje com a TAM, empresa que a sucedeu com sucesso no exterior. Em 1987 você imaginaria a TAM, dos Embraer Bandeirante e Fokker 27, com uma frota de mais de 100 jatos e dominando quase 90% do tráfego internacional partindo e chegando do Brasil (comparado com as empresas nacionais somente)?
Veja os números finais de 1987
Mercado Regional (Passageiros Transportados)
TAM – 338.004
Rio Sul – 309.741
Taba – 209.103
BR Central – 204.072
Nordeste – 97.861
Mercado Doméstico e Internacional (Passageiros Transportados)
Varig – 5.559.279
Vasp – 4.757.242
Cruzeiro do Sul – 3.028.795
Transbrasil – 2.548.143