O Grupo Air France-KLM e o Grupo KLM garantiram financiamento no valor total de € 10,4 bilhões para o enfrentamento da crise do Covid-19, contando já com os € 7 bilhões de Euros do suporte concedido pelo governo francês à Air France.
A pandemia tem um impacto sem precedentes nas atividades do Grupo KLM. Para lidar com esse período difícil e garantir o futuro da empresa, a KLM já tomou diversas medidas para manter a liquidez logo após o surto. No entanto, a KLM precisa de financiamento adicional. Esse assunto foi objeto de discussões intensas com o Estado e os bancos holandeses nos últimos meses.
O financiamento garante que a KLM possa continuar suas atividades e que a posição da empresa seja fortalecida no futuro. As condições impostas pelo Estado holandês ao pacote de financiamento referem-se a todo o Grupo KLM e incluem termos de emprego de todos os funcionários do Grupo KLM, remuneração variável da administração e da alta administração, reestruturação, dividendo, governança, qualidade da malha aérea, sustentabilidade e habitabilidade.
Após discussões cuidadosas com o estado holandês e os bancos, a KLM concordou com a estrutura de um pacote de financiamento para garantir liquidez. O pacote de financiamento e as condições sob as quais este pacote é fornecido pelo Estado holandês estão sujeitos à aprovação do parlamento no país. O pacote de financiamento também deve ser aprovado pela Comissão Europeia no âmbito do quadro temporário para medidas de auxílio estatal introduzido no contexto do COVID-19.
Uma vez obtida essa aprovação, a KLM consultará os sindicatos para elaborar e detalhar em conjunto as condições que o governo impõe às condições de emprego dos funcionários da KLM.
O pacote de financiamento consiste em:
• Uma linha de crédito rotativo garantida em 90% pelo Estado, no valor de € 2,4 bilhões, com vencimento em 5 anos. O mecanismo é concedido por 11 bancos, dos quais três bancos holandeses e oito bancos estrangeiros.
• Um empréstimo estatal direto de € 1 bilhão e um prazo de 5,5 anos para liquidação. O empréstimo, concedido pelo Estado holandês, será subordinado à linha de crédito rotativo.
Após a conclusão do processo parlamentar, o primeiro saque de € 665 milhões da nova linha de crédito rotativo será usado para reembolsar e encerrar a linha de crédito rotativo existente sacada em 19 de março de 2020. Nesse momento, a KLM também retirará um montante proporcional (€ 277 milhões) do empréstimo direto do Estado. As retiradas seguintes, tanto na linha de crédito rotativo quanto no empréstimo direto do Estado, só são possíveis se forem atendidas as condições impostas pelo Estado.
A KLM, portanto, elaborará um plano de reestruturação que atenda a essas condições e determine o caminho para a recuperação pós-COVID-19. O plano também tem como objetivo revisar as atividades atuais da KLM e adaptar a companhia à realidade econômica alterada.