No último dia 22 de junho, a Deutsche Lufthansa AG apresentou em Frankfurt, na Alemanha, a mais nova edição do relatório de sustentabilidade Balance. Mais uma vez, o relatório constitui um balanço positivo em todas as áreas da responsabilidade empresarial. “Apesar das circunstâncias desafiadoras e influências desgastantes, o grupo Lufthansa apresentou novamente um balanço de sustentabilidade positivo – o que continua sendo nosso objetivo também no futuro”, disse Christoph Franz, presidente da Deutsche Lufthansa AG.
Um dos bons exemplos foi nas áreas de clima e responsabilidade ambiental: com 4,18 litros de querosene por passageiro e cem quilômetros, a frota do grupo obteve um novo recorde de eficiência em 2011, apesar de o fator de aproveitamento de assentos, de 77,6%, ter ficado 2,0 pontos percentuais abaixo do registrado ano anterior. Eficiência maior não só fortalece a competitividade como também reduz as emissões específicas de CO2. A fim de cumprir os ambiciosos objetivos de proteção climática, o grupo Lufthansa continuará desenvolvendo otimizações adicionais nas áreas operacionais e de infraestrutura, onde a mundialmente reconhecida estratégia das quatro colunas do tráfego aéreo, desenvolvida com a colaboração da Lufthansa, definirá a futura politica de atuação.
Um elemento importante é o investimento em aviões modernos. Atualmente, o grupo está implementando o maior programa de renovação da frota de sua história: até 2018 entrarão em operação 168 aviões com emissões e ruídos reduzidos a um preço de lista de 17 bilhões de euros. O último avião novo recebido foi o Boeing 747-8 Intercontinental, em operação na Lufthansa desde junho. Ele é 15% mais eficiente no consumo de combustível que o modelo anterior, o Boeing 747-400 e – não menos importante – 30% mais silencioso.
A Lufthansa foi pioneira na realização de testes de longa duração utilizando bioquerosene nas operações de voo diárias, e demonstrou que o combustível alternativo produzido com sustentabilidade não só é perfeitamente utilizável no dia a dia, como ainda reduz as emissões de CO2. No período de 15 de julho a 27 de dezembro de 2011, a Lufthansa realizou 1.187 voos entre Hamburgo e Frankfurt com uma mistura de bioquerosene, economizando cerca de 1.500 toneladas de CO2. O ponto alto dos voos operados com biocombustível na prática foi o primeiro voo de linha transatlântico do mundo, realizado pela Lufthansa para os EUA com combustível biossintético em 12 de janeiro de 2012. O voo de Frankfurt para Washington foi operado por um Boeing 747-400 abastecido com cerca de 40 toneladas de mistura de bioquerosene.
Além da redução de emissões, as medidas que visam a diminuição contínua de ruídos são outro item de peso da estratégia ambiental. Juntamente com parceiras das áreas de indústria, autoridades, escolas superiores e pesquisa, a Lufthansa está permanentemente empenhada no desenvolvimento de medidas de diminuição de ruídos – entre elas, modificações nos aviões já existentes e a aplicação de procedimentos de redução de ruídos nas operações de voo assim como o assim chamado Continuous Descent Approach, atualmente em teste em Frankfurt.
O grupo já coopera com os meios científicos na área de pesquisa climática desde 1993. O quarto projeto de pesquisa com o IAGOS (In-service Aircraft for a Global Observing System), cujo objetivo é a formação de uma infraestrutura mundial de medições para observação da atmosfera terrestre, foi iniciado em 2011.
“Estamos sempre atentos no sentido de tomar decisões de longo alcance e considerando aspectos econômicos, ecológicos e sociais, pois só dessa forma nossa empresa tem como crescer adicionando valor a longo prazo”, afirma Christoph Franz. Mas a sustentabilidade está condicionada ao sucesso econômico: “Só quem faz lucros tem como investir na proteção climática e ambiental e cumprir sua responsabilidade social como empregador”, alerta Franz, referindo-se aos aumentos dos recolhimentos do Estado em tempos de concorrência já muito intensiva.
No final de 2011, o grupo Lufthansa empregava 116.365 pessoas de 141 nações. A fim de enfrentar com êxito a complexidade cada vez maior do setor e a globalização em plena expansão, a presidência lançou o projeto “Cenário de Liderança 2020”. O objetivo é obter maior diversidade em todos os níveis de liderança em todo o grupo Lufthansa, e estendê-la também ao segundo escalão. Entre outros, o programa deverá aumentar em 30% a participação das mulheres no alto escalão até 2020. No ano analisado, sua participação já aumentou 0,5 pontos percentuais, chegando a 13,6%.