A presença de aves nas proximidades dos aeroportos pode causar acidentes aéreos. Na maioria dos casos, os pássaros são atraídos pelo lixo acumulado e não descartado corretamente pelas comunidades vizinhas ao aeroporto. A redução da presença de aves na área do aeroporto de forma ambientalmente responsável é uma diretriz da Infraero.
Para diminuir os riscos de acidentes, e melhorar a segurança, os aeroportos da Infraero têm um Plano de Manejo de Fauna, aprovado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que contempla diversas técnicas para controle da fauna local.
Em alguns aeroportos, como o Galeão (RJ), Porto Alegre (RS), Joinville (SC), Confins (MG), Pampulha (MG) e Vitória (ES), empresas privadas foram contratadas para trabalhar o manejo de fauna. Em outros nove aeroportos – Manaus, Belém, Recife, Maceió, Salvador, Cuiabá, Congonhas, Aracaju e Fortaleza – o trabalho é realizado pelo convênio entre a Infraero e a Universidade de Brasília (UnB). Firmado desde 2009, esta parceria trabalha para monitorar as ações propostas para cada aeroporto, desenvolvendo cientificamente novas tecnologias e pesquisa sobre como reduzir ou eliminar os acidentes aeronáuticos decorrentes de incidentes com a fauna.
As ações levam em conta o contexto ambiental de cada região. Em alguns aeroportos são utilizados cães, falcões e gaviões treinados como forma de afastar as aves. Também podem ser utilizados ruídos que provoquem incômodo às aves. Armadilhas também são utilizadas para os animais terrestres, como mamíferos e répteis, que podem causar acidentes em solo.
No Galeão, por exemplo, é utilizada a técnica de falcoaria, bem como em Joinville, Pampulha, Confins e Porto Alegre. Já em Belém, a técnica atualmente utilizada é com cães, que afugentam os pássaros do sítio aeroportuário; e em Manaus, a UnB realiza o monitoramento dos urubus que sobrevoam o espaço aéreo na área operacional e entorno.
As técnicas são variadas e mutáveis. Os profissionais da área de segurança da Infraero e da área ambiental da UnB analisam as situações e propõem mudanças, sempre que necessário. O setor de Licenciamento Ambiental da Infraero reitera que a falta de saneamento em regiões próximas ao aeroporto, no entanto, continua sendo um dos maiores problemas a ser combatido para minimizar a presença de animais nas áreas dos aeroportos.