Conhecida por suas empresas e pesquisas nas áreas de ciência e tecnologia, a cidade de São Carlos (a 230 km de São Paulo) quer alçar novos vôos no horizonte internacional no setor aeronáutico. O município já abriga o centro de manutenção da TAM e um condomínio com companhias parceiras na manutenção de aeronaves. A companhia tem ainda Museu da TAM, o maior museu privado da América Latina. Agora em agosto, o grupo de Engenharia Aeronáutica passa para o status de departamento da USP em novas instalações e laboratórios de referência internacional.
O curso foi criado em 2002 e já ocupa o segundo lugar entre os mais concorridos da USP, só perdendo para Medicina. Nos últimos dois meses, professores de engenharia aeronáutica se transferiram das instalações dos prédios do Campus I, na região central da cidade, para o novo prédio e laboratórios, instalados no Campus II da USP/São Carlos, com mais de 5.500 m² de área construída.
“Nossa proposta é manter o Brasil como um dos poucos países do mundo a projetar, construir e certificar aviões”, ressalta Fernando Catalano, coordenador do curso. Excelência internacional, a Engenharia Aeronáutica da USP recebeu aproximadamente R$ 8 milhões de investimentos nas novas instalações.
Os nove laboratórios da instituição também atraem empresas e pesquisadores internacionais. Apenas no Túnel do Vento, que será construído na nova área, são R$ 2,2 milhões de investimentos com participação da Financiadora de Estudo e Projetos (Finep). Será um dos maiores laboratórios desse tipo no mundo pertencentes a uma universidade.
O status de excelência faz dos universitários pesquisadores desde o início dos cinco anos de curso, o que é sinônimo de emprego garantido para qualquer um. Entre os estudantes do último ano, 40% têm participação garantida em estágio no exterior, com bolsas de €1.200 mensais. “O nosso curso tem grande demanda e ainda atrai universitários da Europa”, explica Catalano.