Relógios inteligentes, óculos inteligente e outros dispositivos de computação vestível farão parte do aeroporto do futuro, de acordo com as últimas descobertas do SITA Lab. A equipe de pesquisa sobre tecnologia na indústria aérea da SITA, líder mundial em comunicação e soluções de TI para o transporte aéreo, realizou um estudo sobre o uso da computação vestível por companhias aéreas. (pode ser lida na íntegra através do link: http://www.sita.aero/content/is-wearable-computing-next-big-thing-air-travel ).
Especialistas em tecnologia afirmam que a computação vestível é a próxima grande novidade que irá redefinir como usamos e interagimos com a informação. O maior burburinho gira em torno dos relógios e óculos inteligentes, lançados por empresas importantes como Sony, Samsung e Google. Estima-se que mais de 1,2 milhão de relógios inteligentes serão produzidos em 2013.
Um mercado de computação vestível menos desenvolvido até o momento é o do capacete inteligente. Entretanto, o Google ganhou manchetes dos jornais no início de 2013 com o lançamento do Google Glass para um grupo selecionado de usuários. O SITA Lab fez parte desse grupo para receber o Google Glass e o Vuzix M100 antes do lançamento oficial para avaliá-los. Foram realizados testes para diferentes usos das companhias aéreas e em ambientes aeroportuários.
Jim Peters, director de tecnologia da SITA, diz: “Dispositivos vestíveis como o Google Glass oferecem novas oportunidades de mobilidade para a equipe, mantendo as mãos livres, enquanto estão conectados ao check-in tradicional e ao sistema de reserva. A interação pode ser via análise de vídeo do que um membro da equipe está olhando, como o cartão de embarque, etiqueta de bagagem, reconhecimento da voz ou uma combinação de tudo isso
Não é uma surpresa que nossa pesquisa sobre o desenvolvimento dessa tecnologia mostre que existem questões a discutir. Isso é inevitável com qualquer nova tecnologia. O SITA Lab identifcou alguns dos mesmos desafios quando foram testados os primeiros smartphones há muitos anos”.
Como parte do teste, o SITA Lab desenvolveu um aplicativo chamado SWIFT Boarding, usando um capacete inteligente com câmera embutida para digitalização de documentos. O objetivo era permitir que os agentes da área de embarque fizessem a varredura com segurança e verificassem o cartão de embarque e o passaporte simultaneamente, usando o óculos inteligente. Ambos os documentos são mantidos lado a lado, enquanto o aplicativo checa para garantir que pertencem a mesma pessoa.
Como conceito o aplicativo SWIFT foi um sucesso. Os documentos de viagem e os cartões de fidelidades podem ser escaneados pelo óculos inteligente. Entretanto, os dispositivos não são rápidos o suficiente ainda para serem capazes de satisfazer os requisitos do processamento do passageiro necessários nos aeroportos. Confrontar os documentos leva mais tempo do que um segundo valor de referência na indústria, tornando inviável como uma alternativa aos sistemas existentes até que um óculos inteligente mais potente seja desenvolvido.
Peters completa: “A pesquisa da SITA, especificamente, mostra que para qualquer tipo de uso na indústria aérea, a tecnologia precisa ser mais robusta para evitar quebras e o custo deve ser mais baixo. A qualidade da câmera também precisará ser melhorada. Atualmente, ela requer condições quase perfeitas de luz nos aeroportos para escanear documentos com sucesso. Outras áreas a serem discutidas são a largura de banda para uso generalizado, a duração da bateria e, claro, as questões culturais e sociais tanto para passageiros quanto funcionários”.
Muitos desses temas foram identificados pelo SITA Lab nos primeiros dias da pesquisa do smartphone. A expectativa é que estas desapreçam com os novos dispositivos que foram lançados nos últimos meses. Quando isso acontece, o potencial da computação vestível pode levar a usos inovadores pela indústria de transporte aéreo. Experimentação como essa realizada pelo SITA Lab é o processo-chave para descobrir o que novas tecnologias podem oferecer à indústria.