A TAM S.A. encerrou 2011 com lucro operacional (EBIT) de R$ 997,1 milhões, estável em relação ao ano anterior, e margem de 7,5%. No quarto trimestre do ano passado, a companhia obteve EBIT de R$ 297,9 milhões, registrando um crescimento de 36,5% na comparação com o mesmo período de 2010. O resultado alcançado equivale à margem operacional de 8,3%, que também superou em 1,6 ponto percentual o índice do último trimestre do ano anterior.
Em 2011, a receita bruta da TAM foi de R$ 13,5 bilhões, 15% maior que a de 2010. O último trimestre do ano passado também foi de expansão da receita bruta, que chegou a R$ 3,7 bilhões no período, crescendo 12% em relação ao resultado registrado nos últimos três meses do ano anterior.
A expansão em 2011 foi motivada pelo crescimento de 9,3% nos ganhos com as operações doméstica e internacional de passageiros e de 54,8% com outras receitas, sempre com relação ao ano anterior. Neste último grupo, só o resgate de pontos Multiplus durante todo o ano gerou para a companhia um faturamento de R$ 1,1 bilhão. Na comparação com 2010, o resultado com o transporte de cargas também avançou, com aumento de 5,8%, para R$ 1,1 bilhão. Em novembro, a TAM Cargo registrou o recorde histórico de vendas nos mercados doméstico e internacional.
“Comemoramos este resultado operacional porque ele reflete o nosso empenho em busca da eficiência. Ele também confirma o acerto da nossa política combinada de controle de custos, otimização da operação e aumento da rentabilidade”, afirma Líbano Barroso, vice-presidente Financeiro e de Relações com Investidores da TAM S.A.
Em 2011, a TAM transportou mais de 37,7 milhões passageiros, superando em 9,1% o volume registrado no ano anterior. Na operação doméstica, o avanço foi de 8,8% no número de clientes (31,9 milhões), e a taxa de ocupação ficou em 68,7%. Já em rotas para o exterior, a companhia obteve aumento de 10,6% na quantidade de passageiros transportados (5,8 milhões) e encerrou o ano com load factor de 81,4%, o melhor de sua história.
Para este ano, a companhia já anunciou que estima uma expansão da demanda superior ao aumento da oferta. No mercado doméstico, por exemplo, o volume de RPK (passageiro por quilômetro percorrido) do segmento deve avançar de 8% a 11%, enquanto o crescimento do ASK (assento disponível por quilômetro) da TAM deve ser entre zero e 2%. Nas rotas para o exterior, a oferta de assentos da empresa deve crescer entre 1% e 3%.
Ainda de acordo com os guidances da TAM para este ano, o mercado seguirá forte e crescente, assim como o movimento de recuperação do yield (preço unitário pago por passageiro por quilômetro voado), iniciado no segundo semestre de 2010. No ano passado, o yield geral da TAM teve variação de 2,5%. Somente no quarto trimestre, a recuperação foi de 8,9%.
“A expansão em 2012 virá do nosso investimento para continuar obtendo elevadas taxas de ocupação e aumentar a rentabilidade de nossos voos. Hoje, temos flexibilidade suficiente para promover um aperfeiçoamento constante da utilização de nossa frota, por exemplo. Nosso trabalho de otimizar a operação para seguir captando o avanço da demanda em todos os segmentos do mercado será mantido”, afirma Marco Antonio Bologna, presidente da TAM S.A.
No último trimestre de 2011, a TAM obteve lucro líquido de R$ 95,5 milhões, o que não impediu o resultado negativo de R$ 335,1 milhões no consolidado do ano. A forte apreciação do dólar durante o segundo semestre, que chegou a R$ 1,88 no final de 2011, causou o maior impacto na última linha do balanço.
Apenas a título de comparação, uma variação cambial de 10 centavos impacta os resultados financeiros da TAM em cerca de R$ 400 milhões, para mais (se há valorização do real) ou para menos (quando a moeda brasileira perde valor).
Em 2011, na comparação com o ano anterior, a TAM também registrou elevação de 21,3% nos gastos com combustível e de 10,1% no volume consumido, ao mesmo tempo em que o preço médio do WTI aumentou 19,5%. Impactaram ainda o resultado final o aumento de 11,9% nos custos com tarifas de decolagem, pouso e navegação e de 15,8% com pessoal, em razão do crescimento de 5,6% do número de funcionários e do reajuste salarial de 8,75% aplicado a partir de dezembro de 2010.
Apesar da variação cambial, a companhia segue com uma posição sólida de caixa, hoje em R$ 2,6 bilhões. No quarto trimestre de 2011, a geração operacional de caixa da TAM foi de R$ 535,8 milhões, enquanto, no mesmo período do ano anterior, havia sido de R$ 227 milhões.
“Nosso desafio é continuar atuando de forma racional e diversificada, antevendo as oportunidades, fortalecendo todas as unidades de negócios e reforçando a nossa presença global. Tudo isso em um ano de grandes realizações para a companhia. A criação da LATAM, por exemplo, será mais um impulsionador do nosso crescimento”, afirma Bologna.