O estudo, realizado ao longo de 2008 na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México, analisa o mercado de viagens corporativas e suas principais tendências na região com o objetivo de identificar os fatores-chave que afetarão as TMC’s nos próximos cinco anos.

O estudo aponta para um cenário atual no qual se combinam: um rápido crescimento da Internet, redução dos custos por parte das companhias aéreas e altas constantes do preço do petróleo. Com todas essas tendências, a estrutura do mercado mudou substancialmente e, devido ainda a distintos fatores econômicos, as companhias aéreas estão optando por um modelo de “baixo custo” e canais diretos de distribuição, em oposição ao modelo anterior de intermediários, por meio dos agentes de viagens e dos GDSs.

“Analisamos constantemente a evolução da indústria, pois estamos comprometidos com o setor. Sabemos que estar presente estrategicamente frente a este novo cenário marca a diferença entre aquelas que têm vantagem competitiva e aquelas que não conseguirão superar o desafio”, ressalta Christian Baillet, diretor regional do Grupo de Cliente Multinacional da Amadeus para América Latina. “Devemos determinar quais serão as possíveis necessidades futuras de nossos clientes para oferecer soluções tecnológicas de vanguarda adaptadas à realidade.”

O estudo mostra que:

A penetração da Internet na América Latina é de 22% (2007), embora Chile e Argentina – que têm alta penetração – apresentem níveis similares a Europa. No Brasil, a adoção é de 22,4%, o que nos posiciona como quarto colocados, apenas à frente do México.

O aumento do consumo online é o principal fator determinante para o mercado de viagens no canal web, especialmente na Argentina (o país com maiores vendas online: 16%). No Brasil, esse número foi de apenas 8,3%.

Embora mais tardiamente que na Europa e nos Estados Unidos, as ferramentas de self-booking estão começando a ser utilizadas cada vez mais na América Latina, principalmente impulsionadas por:
 Políticas das matrizes de empresas multinacionais, que já adotaram ou estão adotando as mesmas ferramentas nos Estados Unidos ou na União Européia
 A utilização da Internet, que é alta nas empresas e que cresce entre os usuários residenciais num ritmo maior que em outras regiões

O combustível representa 50% do custo total das companhias aéreas e estima-se que continue aumentando no próximo ano. As aéreas só podem diminuir o impacto disso utilizando aviões mais eficientes no consumo de combustível, devido à demanda dos aviões de nova geração. Além disso, as companhias aéreas estão focadas na redução de custos em vários outros aspectos:
 Pessoal, mediante a automatização dos processos (exemplo: check-in on-line e auto check-in nos aeroportos)
 Serviços (exemplo: reduzindo as refeições oferecidas nos vôos)
 Distribuição mediante a não-interrupção dos canais (distribuição on-line por meio dos sites da Internet das companhias aéreas, redução de comissões para as agências de viagens, booking-fees para GDSs e service-fees para cartões de crédito)

O tráfego aéreo na América Latina cresceu anualmente cerca de 7% nos últimos quatro anos, similar a média mundial (8%). O tráfego dentro da América Latina e em seus mercados domésticos aumentou, representando 88% do total da região em 2007, com um crescimento maior que a média (10% frente a 7%)

O setor aéreo se consolidou nos últimos cinco anos, com quatro principais companhias respondendo por 68% do mercado em 2007 (TAM, GOL, LAN e Copa). É esperado que esse cenário continue igual nos próximos anos. Argentina, Chile e Brasil são os mais consolidados, onde as principais companhias detêm mais de 80% dos mercados domésticos

Estas companhias aéreas se tornarão mais eficientes e consolidarão sua liderança de mercado. São elas que impulsionam e iniciam as mudanças na indústria

As principais companhias aéreas na América Latina (TAM, GOL, LAN e Copa) estão expandindo suas frotas, porém somente TAM e LAN planejam manter aviões de longo alcance, ao passo que a GOL está focando em aviões para vôos domésticos e regionais depois da aquisição da Varig

É possível concluir que, como tem acontecido nos Estados Unidos e na Europa nos últimos anos, na América Latina o mercado doméstico está migrando para um modelo de low costs, considerando que o mercado de viagens internacionais se mantém como full-service, independentemente da companhia aérea

A entrada das low costs no mercado começou a ameaçar as companhias aéreas tradicionais (com um modelo full-service), e impulsionou os canais indiretos de distribuição para reduzir custos. Por outro lado, as companhias aéreas tradicionais estão buscando canais de distribuição alternativos aos GDSs, como vendas on-line, call-centers e suas próprias lojas  Isto fez com que o Brasil se tornasse o mercado com maior desintermediação do mundo, com 77% do conteúdo fora dos GDSs. Outros mercados, como México (pelas LCCs) e Chile (pelas vendas diretas de LAN) também mostram altos níveis de desintermediação.

FONTE: Aviação Brasil – Assessoria de Imprensa – São Paulo/SP

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