A EADS, líder global do setor aeroespacial e de defesa, mostrou que continua a registrar um forte desempenho operacional e financeiro, ao anunciar ontem, em Amsterdam, os resultados obtidos pela empresa nos primeiros nove meses de 2004. A EADS obteve um lucro operacional (EBIT) de 1,5 bilhão de euros, 91% maior que o resultado do mesmo período de 2003, que foi de 784 milhões. Impulsionada pela atuação de suas divisões Airbus e Espaço, a margem de EBIT da empresa subiu de 4,2 para 7 por cento.
O crescimento de todas as divisões da EADS elevou as receitas em 16%. Foram 21,5 bilhões de euros, contra 18,5 bilhões no ano passado, com destaque para o aumento de entregas de aeronaves Airbus: 224 até setembro deste ano, contra 199 no mesmo período 2003. O fluxo de caixa foi fortemente ampliado para 147 milhões de euros, contra 92 milhões em 2003. Refletindo o crescimento da demanda do mercado no setor de aviação civil, a EADS estima que até o final de 2004 a Airbus terá produzido e entregue um total de 315 aeronaves. A empresa aumentou as metas de lucro operacional, que eram de 2,1 bilhões de euros, para 2,2 bilhões em 2004.
Para os CEOs da empresa, Philippe Camus e Rainer Herthrich, as bases para o aumento das receitas e ganhos da EADS foram os resultados da Airbus e da divisão Espaço: “Eles permitem prever resultados ainda melhores a partir do próximo ano. O sólido resultado financeiro da EADS e o fortalecimento do nosso mercado elevam as possibilidades de um futuro crescimento na Ásia, na América do Norte e na Europa. Vemos, também, a previsão de entrega de 315 aeronaves Airbus em 2004 como um reforço para nossa posição de líder do mercado de aeronaves comerciais. O desenvolvimento tecnológico, um atento controle de custos e uma equipe administrativa internacional altamente comprometida com resultados nos proporcionará a base de competitividade para um crescimento ainda maior dos nossos negócios.”
A divisão Espaço foi fortemente beneficiada por um programa de reestruturação e pela ampliação dos negócios da Paradigm com o Ministério da Defesa do Reino Unido, fundamental para o crescimento das receitas em 12%, atingindo um total de 1,6 milhão de euros, contra 1,4 milhão no mesmo período de 2003. Os contratos da divisão Espaço somaram 10,9 bilhões de euros até o final de setembro, resultado que foi impulsionado pela encomenda de 30 lançadores da Arianespace no mês de maio.
Uma série de conquistas contribuiu para o crescimento dos negócios da EADS também no mercado de defesa e segurança interna. Alguns exemplos foram o sucesso do NH90 na Austrália e em Oman, o início do programa MEADS nos EUA e Itália, as compras de helicópteros pelo Departamento de Segurança Interna dos EUA, o contrato de integração do sistema de controle de fronteiras da Romênia, e o crescente interesse em relação à Paradigm, que firmou um primeiro contrato com Portugal. Segundo Camus e Hertrich, a EADS também está fazendo progressos em sua busca de crescimento de longo prazo nos EUA. “Ganhamos um bom número de novos contratos, posicionamos a Eurocopter no mercado de segurança interna, adquirimos a Racal Instruments, ampliamos nossas parcerias com a Northop Grumman e com a Lockheed Martin e, em outubro, abrimos uma nova linha de montagem da American Eurocopter, em Columbus, Mississippi”, destacaram.
FONTE: Aviação Brasil / EADS – Assessoria de Imprensa – São Paulo/SP