O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) recomendou que as companhias evitem a pista do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, em dias de chuva. TAM, Gol e Varig decidiram restringir as operações. No caso da TAM, apenas os pousos. A Gol proibiu também as decolagens. Segundo o diretor do Snea Ronaldo Jenkins, a recomendação é baseada num Notam (aviso aos aeronautas) emitido pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) na quinta-feira, dia 23.

– O documento diz: “as pistas auxiliar e principal do Aeroporto Santos Dumont ficam escorregadias quando molhadas no primeiro e terceiro terços” – descreveu.

Jenkins diz que o Notam é a primeira advertência sobre problemas na pista do Santos Dumont – principal conexão carioca da ponte aérea Rio-São Paulo. O Decea emitiu o aviso no mesmo dia em que documento da Aeronáutica enviado a todos os envolvidos na investigação do acidente do Airbus da TAM sugere restrições a aeronaves pesadas com chuva em Congonhas – principal ponto paulista da ponte.

A Infraero contesta a informação de Jenkins e diz que outro Notam, de abril, fez as mesmas recomendações e serviu como base para justificar as obras de reposição da camada porosa superior da pista, que começam em setembro. Ontem, o Santos Dumont ficou fechado das 16h às 19h por causa da baixa visibilidade causada pelo mau tempo. Passageiros foram encaminhados ao Galeão de táxi ou ônibus pelas empresas.

Segundo a assessoria da Infraero, os coeficientes de atrito das pistas estão abaixo do ideal, mas não são considerados alarmantes. Na pista principal, o índice é de 0,51. Na auxiliar, 0,48. O nível de segurança internacional é 0,5. Como a pista do Santos Dumont é curta, a estatal considera ideal o coeficiente de atrito de 0,61.

FONTE: Jornal do Brasil via InvestNews – Redação – São Paulo/SP

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