Nos primeiros seis meses do ano, a Lufthansa registrou um resultado operacional de 33 milhões de euros. Depois de amargar um prejuízo de 116 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, o segundo trimestre foi coroado com 149 milhões de euros de lucro operacional. O faturamento chegou a 8,3 bilhões de euros no primeiro semestre, um valor recorde.
Deixando para trás 2003, um ano marcado por crises, o grupo Lufthansa volta a crescer no primeiro semestre de 2004. As ampliações da oferta de vôos resultaram em um visível aumento do número de passageiros. Wolfgang Mayrhuber, presidente do grupo, citou as quatro “colunas do sucesso” no primeiro semestre: “a ampliação da rede com novos destinos e parceiras na Star Alliance, a manutenção do compromisso Lufthansa com a qualidade, alta capacidade de inovar e absoluta disciplina de custos.”
Desde 2003, a Star Alliance encontrou sete parceiras adicionais em quatro continentes. A avaliação dos novos conceitos da Classe Executiva por parte dos clientes foi excelente e a Lufthansa é a primeira empresa aérea do mundo a ter Internet banda larga a bordo. “Estamos extremamente bem posicionados nos mercados em desenvolvimento. O novo acordo codeshare com a Air India fortalece a posição da Lufthansa no tráfego para a India, e nossas parcerias na China estão dando frutos”, disse, ainda, Mayrhuber. Nos dois mercados, a Lufthansa é a número um das empresas aéreas européias.
A disciplina de custos continua em foco na presidência e entre os funcionários. A reestruturação das empresas do grupo LSG e Thomas Cook teve continuidade no primeiro semestre. Principalmente os recentes acordos tarifários na Thomas Cook mostram que o grupo está no caminho certo. “A prorrogação da joint-venture da Lufthansa Technik com a Air China na Ameco Beijing é de suma importância estratégica no emergente mercado chinês”, disse o presidente da Lufthansa.
Mayrhuber, porém, adverte quanto ao otimismo exagerado. “O caminho está claro, mas ainda não chegamos ao destino. Continuamos sendo uma indústria complicada e altamente competitiva. Só poderemos trabalhar com lucratividade no futuro se mantivermos a estrita disciplina de custos e perseguirmos conseqüentemente o plano de ação iniciado. A prerrogativa para tanto é que a nossa empresa se torne ainda mais flexível e eficiente. É nisto que temos que concentrar nossos esforços.”
Desde que não haja novas crises e a situação no mercado de combustíveis se mantenha estável, a Lufthansa espera um resultado operacional anual de cerca de 300 milhões de euros e resultados nitidamente positivos para o grupo.
No primeiro semestre de 2004, a Lufthansa faturou 8,3 bilhões de euros, 9% a mais do que no mesmo período do ano anterior. As empresas aéreas do grupo ampliaram sua oferta de espaço e também o aproveitamento do mesmo. As otimizações da rede e receitas médias estáveis na Lufthansa Passage aumentaram as receitas do tráfego em 14,3%, chegando a 6,2 bilhões de euros. As demais receitas operacionais recuaram 10,3%, para 804 milhões de euros. Elas contêm lucros contábeis de 292 milhões de euros resultantes da venda da Amadeus Travel Distribution S.A.
As medidas de redução de custos, que continuam em vigor em todos os setores do grupo, continuaram mostrando resultados nos primeiros seis meses de 2004. Os gastos operacionais, de 8,7 bilhões de euros, mantiveram-se praticamente estáveis, apesar do aumento do faturamento. Os custos de pessoal foram de 2,4 bilhões de euros, contra 2,3 bilhões de euros no ano anterior. O grupo teve de gastar 782 milhões de euros com combustíveis, o que corresponde a um aumento de 18,8%. 14% destes, porém, devem-se às planejadas ampliações da oferta. Sem as medidas de garantia de manutenção de preços, o grupo teria gasto mais 90 milhões de euros com combustível.
O resultado operacional obtido nos primeiros seis meses de 2004 é de 33 milhões de euros, contra um prejuízo de 354 milhões de euros no mesmo período do ano anterior. A evolução do resultado do grupo foi semelhante: aumentou 431 milhões de euros, chegando a 39 milhões de euros. O fluxo de caixa operacional aumentou 5,3%, somando 652 milhões de euros. O aumento de capital fez com que a liqüidez superasse as dívidas financeiras em 123 milhões de euros em 30 de junho. No final de 2003, foram registrados 590 milhões de euros de endividamento de crédito líquido. Os investimentos no primeiro semestre foram da ordem de 1,1 bilhão de euros, 871 milhões dos quais investidos na modernização e ampliação da frota.
FONTE: Aviação Brasil / Lufthansa – Assessoria de Imprensa – São Paulo/SP